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FEMINISMO
"A violência contra mulher não é o mundo que a gente quer" é tema de palestra no IBC
Foto da vereadora Mônica Benício em frente ao palco do Teatro Benjamin Constant, voltada de frente para a plateia, de pé e gesticulando enquanto fala, vestida com blazer (aberto) e calça pretos, dá para ver que veste uma camisa preta escrito em letras brancas "Depois do não tudo é assédio".
Mônica Benício é arquiteta urbanista de formação e se descreveu, como: - mulher branca, cabelo longo cacheado, de favela, feminista e "sapatão". Ela usou a autoapresentação para explicar que reconhece a diferença de tratamento e de oportunidades que recebeu a seu favor, em comparação se fosse uma mulher negra. Mônica então abordou o racismo, a misoginia e o patriarcado estruturais; as formas de violências físicas, psicológicas, patrimoniais etc.; exemplificou as práticas de assédio e respondeu perguntas de uma plateia de aproximadamente 150 pessoas.
"Quando a cidade for segura para todas as mulheres, ela será segura para todas as pessoas", ensinou a vereadora, que acredita que a formação e a informação é o caminho para desconstruir a lógica que alimenta o sistema machista. Neste sentido da sensibilização, conscientização e educação, a presença de muitos homens no teatro foi comemorada por Mônica.
A palestrante comentou a importância de uma "rede de proteção e acolhimento", pois é difícil para as vítimas conversarem sobre o problema que enfrentam e denunciarem os ataques sofridos, já que suas atitudes são avaliadas com viés machista. Em sua blusa, Mônica tinha estampado um alerta que leu na abertura, quando descreveu como estava vestida, e que debateu durante sua explanação, que era: Depois do não tudo é assédio.