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EXPOSIÇÃO
A primeira Flist a gente nunca esquece
Foto com publicações em braille do IBC sobre a mesa, em exposição. Perfilados atrás da mesa os nossos servidores, da esquerda: Hyléa Vale, Bruna Bispo, Paula Márcia, Rachel Ventura, Cecília Guimarães e Heverton Bezerra, com a representante do CEAT, Ninfa Parreiras (atrás, de azul).
No último fim de semana (6 e 7/5), centenas de pessoas percorreram as estreitas ruas do bairro, conhecido pela intensa vida artística e cultural, para conferir as atrações da festa. Os homenageados deste ano foram a escritora e pesquisadora em relações étnico-raciais carioca Sonia Rosa, e o poeta, escritor e ambientalista indígena Ailton Krenak, da etnia crenaque, de Minas Gerais. Marcada pela diversidade, a Flist acolheu prontamente a proposta do Instituto Benjamin Constant de participar ativamente da edição deste ano, mostrando o trabalho que realiza no ensino e difusão do Sistema Braille.
A equipe do IBC presente nos dois dias da Festa foi formada pelos professores Hylea Vale, Rachel Ventura, Heverton Bezerra, Fernando Ferreira (na foto ao lado de camisa branca), Bruna Bispo e Paula Márcia Barbosa, pela agente administrativa Cecília Guimarães e pela jornalista Marília Estevão. Eles se desdobraram para mostrar a cerca de 150 pessoas que foram até o stand do IBC para conhecer não só os livros e revistas produzidos pelo Instituto como também sobre a educação e produção de materiais especializados para estudantes cegos e com baixa visão.
Este aliás foi o assunto da apresentação feita pelos professores Heverton Bezerra, Rachel Ventura e Hylea Vale (estão á direita da foto abaixo, do mais próximo para a mais distante), no sábado de manhã, para uma pequena, mas atenta plateia formada majoritariamente por alunos do Centro Educacional Anísio Teixeira (Ceat), instituição promotora da Flist. Os 20 minutos disponibilizados pela organização do evento foram poucos para matar a curiosidade dos alunos sobre o braille. Na foto ao lado, de camisa verde: Antônio Chastinet, representante do Ceat.
“Eu achei muito interessante porque as pessoas não falam muito sobre isso. É um tema que traz muita curiosidade, mas que, inexplicavelmente, não é debatido. Por isso, ter tido contato com pessoas que lidam com isso, que dão aula para alunos com deficiência visual, foi muito legal”, disse a estudante Júlia Drago, de 17 anos, antes de ir ao stand do IBC com os colegas tirar as dúvidas que não puderam ser sanadas por causa da limitação do tempo da apresentação.
Para os servidores do IBC que visitaram a Flist foi muito gratificante ver o Instituto ali tão bem representado. “O movimento de o IBC participar de eventos externos como este é muito importante porque vai além dos muros da nossa instituição. A sociedade precisa saber o que fazemos. Esse é o papel de uma instituição pública. Fiquei muito feliz em constatar a recepção positiva das pessoas vendo os trabalhos que desenvolvemos e, sobretudo, refletindo sobre a inclusão do público com deficiência visual”, disse a professora Millene de Sousa, que foi conferir as atrações da Flist no sábado de manhã.
Mais do que uma festa literária, a Festa Literária de Santa Teresa é um programa completo, para a família toda, com dezenas de atrações que incluem artes plásticas, artesanato, música, teatro, dança e gastronomia. Um ponto de encontro que, a depender da empolgação da professora Hylea Vale, continuará a contar com a presença do IBC daqui para frente.
“Estou realizada, porque tenho uma relação a Flist desde 2011, quando vinha até aqui com meus alunos do curso de graduação de Cabo Frio. Mas sempre tive vontade de participar efetivamente dela. Iríamos participar em 2020, mas fomos surpreendidos pela pandemia. Retomei o contato com a organização agora, em 2023, e fechamos essa parceria. Por isso, estou emocionada por estar aqui e espero que esta seja a primeira de outras participações nesse evento tão especial”, concluiu Hylea.