Notícias
Ibama reforça ações para conter danos ambientais em Brumadinho (MG)
Brasília (29/01/2019) - Equipes do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) se deslocaram para Brumadinho (MG) imediatamente após o primeiro alerta de rompimento de barragem da mineradora Vale, obra licenciada pelo governo de Minas Gerais, e realizam desde sexta-feira (25/01) o monitoramento e a avaliação dos danos ambientais na região atingida pela catástrofe.
Trinta e três servidores do Ibama e do ICMBio fazem vistorias nos pontos de interesse ambiental – matas nativas e ciliares, cursos d'água e áreas de ocorrência de fauna silvestre. Analistas avaliam medidas para reduzir os impactos dos rejeitos de mineração na vegetação e recolhem amostras de água, do solo e de biota para mensurar os danos. Nesta terça-feira (29/01), dez biólogos e veterinários se juntaram à equipe para ampliar as buscas por animais. Até o momento, 32 animais domésticos foram resgatados.
Analistas ambientais realizam diariamente sobrevoos ao longo da calha do rio Paraopeba para monitorar o deslocamento da onda de rejeitos, que percorreu até a tarde desta terça-feira 60 km a partir da barragem I da mina Córrego do Feijão.
De acordo com o último boletim divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a pluma (mistura de rejeito e água) deverá chegar ao município de São José da Varginha na noite desta terça-feira e, entre os dias 5 e 10 de fevereiro, no reservatório da Hidrelétrica de Retiro de Baixo. “A expectativa é que todo o rejeito fique retido no reservatório desta usina (Retiro de Baixo), não alcançando o reservatório da Hidrelétrica de Três Marias”, informou o CPRM, que divulga boletins diários em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA).
Aldeia
Analistas do Ibama fizeram nesta terça-feira, em conjunto com servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), vistoria em área de ocupação indígena das etnias Pataxó e Pataxó Hã-hã-hãe, no município de São Joaquim de Bicas. Cerca de 80 indígenas vivem às margens do rio Paraopeba, segundo a Funai. "Identificamos uma concentração de peixes mortos junto à aldeia e determinamos à Vale que faça o recolhimento desses peixes, que estão causando impactos à vida das populações indígenas, assim como as análises necessárias", disse a coordenadora-geral de Emergências Ambientais do Ibama, Fernanda Pirillo.
Desde sábado (26/01), técnicos do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta), do ICMBio, avaliam os impactos dos sedimentos na ictiofauna. Nesta terça, chegaram à região especialistas do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Antífibios (RAN) e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado (CBC).
O ICMBio mantém em Três Marias uma unidade de conservação de proteção integral, a Estação Ecológica (Esec) de Pirapitinga. A unidade fica em uma ilha no interior da represa. Além de servir a pesquisas sobre ictiofauna, é responsável por projeto de recuperação da vegetação do Cerrado. O Instituto monitora outras duas unidades de conservação próximas ao local do desastre, em Brumadinho. A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Inhotim e a Floresta Nacional (Flona) de Paraopeba, que não foram atingidas.
Representantes do Ibama e do ICMBio integram o Posto de Comando (PC) em Brumadinho, sob coordenação da Defesa Civil de Minas Gerais, com apoio do Gabinete de Crise instaurado no Palácio do Planalto, em Brasília. O Ministério do Meio Ambiente disponibilizou helicópteros, viaturas e corpo técnico especializado para reforçar o grupo de especialistas na região. (Com informações do MMA e do ICMBio)
Mais Informações:
Assessoria de Comunicação do Ibama
imprensa@ibama.gov.br
061 3316 1015