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Prevenção e combate a incêndios florestais envolve 3,3 mil indígenas em 5 anos
Brasília (26/09/2018) – O total de brigadistas indígenas contratados para o Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama chegou a 3.317 em cinco anos de atuação do Programa Brigadas Federais, criado em 2013 após assinatura de Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Fundação Nacional do Índio (Funai).
O recrutamento de brigadistas em Terras Indígenas (TIs) é realizado a partir de critérios como áreas de vegetação nativa remanescente, número de focos de calor, condições para instalação de infraestrutura e logística, além da aceitação da brigada pela comunidade. Em cinco anos do programa foram recrutados indígenas em mais de 40 TIs.
Comunidades como Kadiwéu (MS), Macuxi (RR), Paresi (MT), Pataxó (BA), Xerente e Javaé (TO), Tenharim (AM) e Xacriabá (MG) participam do Programa Brigadas Federais desde o início. A diminuição dos focos de calor, a recuperação de áreas degradadas e os efeitos positivos das atividades de educação ambiental estreitaram os laços de parceria entre os indígenas e a equipe do Prevfogo.
Outro indicador do sucesso do programa é o avanço do Manejo Integrado do Fogo, especialmente por meio da queima prescrita. Essa atividade concilia avanços tecnológicos como mapas de carga de combustível elaborados com uso de imagens de satélite, conhecimentos científicos sobre ocorrência de fogo em determinadas fisionomias vegetais e conhecimentos tradicionais das comunidades.
O resgate cultural em comunidades indígenas permite a identificação de áreas usadas para coleta de frutos, caça, roça e até mesmo de locais considerados sagrados, que precisam de proteção contra incêndios florestais.
Em áreas manejadas com queima prescrita, a produção de flores e frutos é maior. Naquelas atingidas por incêndios, a vegetação pode demorar quatro anos ou mais para voltar a frutificar.
Programa de Brigadas no período 2001-2012
O Prevfogo contrata brigadas desde 2001. Inicialmente o objetivo era proteger Unidades de Conservação (UCs) Federais. De 2008 a 2012, as contratações passaram a integrar o Programa de Brigadas em Municípios Críticos, cujo foco era conter as chamas nas localidades com os maiores índices de incêndios florestais.
Nas UCs, o Prevfogo obteve conhecimento para estruturar as brigadas. Nos municípios, estudou o funcionamento do fogo em áreas produtivas ou abertas para o cultivo. O conhecimento adquirido reforça o papel do Centro Nacional do Ibama na articulação com instituições que não atuam dentro de áreas protegidas.
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