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Brigadistas do Ibama combatem incêndio em Terra Indígena no interior do Maranhão
Brasília (02/10/2015) - Operação do Ibama em parceria com Exército, Funai e Corpo de Bombeiros tenta controlar uma linha de fogo de 82 quilômetros de extensão na Terra Indígena de Araribóia, no interior do Maranhão. O fogo, que começou há 30 dias, ameaça atingir um grupo de 80 índios da etnia Awá que vive isolado na floresta. Outros 12 mil, da etnia Guajajara, também podem ser afetados pelo incêndio.
Na região, de aproximadamente 400 mil hectares, já foram queimados 82 mil ha, cerca de 20% da reserva. Brigadistas indígenas do Prevfogo/Ibama se deslocaram para a área, em apoio às etnias Guajajara, Awá, Gavião e Xerente do Tocantins. É a primeira vez que indígenas de diferentes etnias se unem para combater incêndios florestais.
Segundo o coordenador da Operação Awá, Rodrigo de Moraes Falleiro, a falta de acessos terrestres e a vegetação de sub-bosque fechada dificultam muito a abertura das linhas de defesa dentro da mata. Todo o transporte de brigadistas e suprimentos é feito por dois helicópteros do Ibama em clareiras abertas na mata.
O satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou uma redução nos focos de calor nesta sexta-feira (2). Porém, a previsão do tempo aponta que não há perspectiva de chuva para as próximas semanas, o que pode dificultar o trabalho das brigadas.
Os índios suspeitam que os incêndios foram causados por madeireiros em represália à tribo que protege a reserva contra o roubo sistemático de madeira.
O Ibama tem 1413 brigadistas, dos quais 608 são indígenas. De acordo Gabriel Zacharias, chefe do PrevFogo, os índios capacitados aprendem que cada região do país precisa de um manejo especial do fogo. No período de prevenção os brigadistas produzem mudas para reflorestamento de áreas degradas. “Foram plantadas mais de cem mil nos últimos quatro anos”, explica.
Fotos: Prevfogo/Banco de Imagens do Ibama
Assessoria de Comunicação do Ibama
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