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Vistoria percorre áreas em recuperação ambiental em Terras Indígenas no MA
Recuperação ambiental em Terras Indígenas no Maranhão - Foto: Divulgação/Ibama/MA
Brasília (03/02/2025) – Uma série de vistorias foi realizada em dezembro de 2024, em três Terras Indígenas (TIs) do Maranhão, para incluir trechos desses territórios, definidos como áreas prioritárias para atividades de recuperação ambiental, na plataforma de áreas degradadas. As informações foram levantadas para a Recooperar, ferramenta criada em outubro do ano passado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Com suporte de aeronaves remotamente pilotadas (ARPs), equipe da Superintendência do Instituto no Maranhão (Supes/MA), com apoio da Coordenação Geral de Recuperação Ambiental (CGRec), do Serviço de Prevenção aos Incêndios Florestais (SEPIF/Prevfogo) e da Superintendência do Ibama no Pará (Supes/PA), realizou análises em áreas em recuperação ambiental implantadas pelas Brigadas Federais Indígenas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama. O Procedimento Técnico aplicado, representado pela Ficha de Campo, objetiva permitir ao Ibama o acompanhamento sistemático da recuperação ambiental em ambientes terrestres. As nove áreas vistoriadas estão em quatro aldeias nas Terras Indígenas Araribóia, Caru e Governador e se encontram em recuperação desde 2018, como resultado de ações de Educação Ambiental relacionadas ao Manejo Integrado do Fogo.
O uso das ARPs nas vistorias técnicas em áreas de recuperação ambiental possibilita a avaliação no entorno da área degradada, evidenciando a localização dessa área na paisagem por meio de imagens geradas em alta resolução, o que também fornece informações relevantes na avaliação da recuperação ecológica, além de permitir que a equipe em campo planeje um trajeto dentro do perímetro para a análise em terra.
Por meio de parâmetros pré-selecionados, como altura e velocidade de voo, e sobreposições frontal e lateral das fotos, os voos com as ARPs podem ser realizados de forma automatizada, com geração de imagens com resolução espacial muito superior à gerada pelos satélites de uso gratuito, anteriormente adotados nas avaliações desse tipo de área. Com a inovação tecnológica, há mais precisão na construção das imagens geoespaciais, o que também resulta em instrução processual mais eficaz, principalmente no caso de áreas menores.As áreas vistoriadas nas TIs representam oportunidades no recebimento de projetos de recuperação ambiental, com interesse e envolvimento ativo dos indígenas e apoio das brigadas, em parceria com o Prevfogo. Para a coordenadora da ação, a técnica ambiental do Ibama Ana Valéria Costa da Cruz, “essa atividade foi pioneira e pretendemos dar continuidade a ela, percorrendo os territórios indígenas, conhecendo as ações de recuperação desenvolvidas, apoiando, orientando no que for possível e o mais importante, aprendendo com os indígenas”.
Plataforma Recooperar
A Recooperar é uma plataforma para a gestão da recuperação ambiental que armazena, gerencia e divulga informações sobre áreas degradadas ou alteradas, nas quais o Ibama busca contribuir com a recuperação ou recomposição da vegetação nativa brasileira. Os dados disponíveis têm como origem as áreas embargadas, as legalmente protegidas, como Unidades de Conservação, Terras Indígenas e assentamentos rurais, bem como os projetos ambientais pactuados por meio de Planos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRADs), de compensações pelo Licenciamento Ambiental Federal ou de outras fontes.
As Terras Indígenas são prioritárias para a recuperação ambiental pela sua importância como fonte de recursos naturais e serviços ecossistêmicos. Além disso, são territórios de vida de diversos povos e têm papel fundamental na manutenção de suas línguas, artes, manifestações culturais e modos de vida tradicionais conectados à natureza, que contribuem para a conservação da biodiversidade e para a restauração de ecossistemas.
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