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Operação no Aeroporto de Salvador combate tráfico internacional de fauna e flora
Salvador (27/09/2024) Entre os dias 10 e 27 de setembro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou a Operação Blue, no Aeroporto Internacional de Salvador. A ação teve como objetivo intensificar o combate ao tráfico internacional de fauna e flora, reforçando o controle de cargas e bagagens de passageiros em voos internacionais.
Durante a ação, foram apreendidos 164 animais marinhos pescados ilegalmente, dois quadros contendo partes de animais silvestres expostos em uma cafeteria no aeroporto, e uma carga com mais de 600 corais exóticos transportados sem a devida documentação. A operação contou com o apoio da Polícia Federal e da Receita Federal, com foco em voos internacionais que tiveram Salvador como origem ou como destino.
Além dos animais marinhos, foram encontrados cocares com penas de aves silvestres nativas e, ainda, madeiras sem comprovação de origem. Os envolvidos foram autuados administrativamente e responderão criminalmente pelas infrações.
Apreensão e soltura de animais marinhos
Os 164 animais marinhos foram encontrados sendo transportados sem a documentação e autorização exigidas pela legislação ambiental. Após a apreensão, os agentes do Ibama realizaram a soltura dos animais na praia de Vilas do Atlântico, em uma ação que contou com a colaboração de turistas e banhistas. Durante a soltura, foi promovida uma ação de Educação Ambiental para conscientizar sobre a importância da preservação das espécies marinhas e os impactos negativos da pesca ilegal.
Apreensão de quadros com fauna silvestre
Os quadros apreendidos, expostos em uma cafeteria no aeroporto, continham partes de animais listados na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites). A análise preliminar apontou o uso de partes de pelo menos cinco espécies da fauna silvestre brasileira. O comércio e a exposição de produtos originados de animais protegidos são infrações ambientais graves, sujeitas a sanções administrativas e criminais. As investigações já estão em andamento para identificar a origem do material e responsabilizar os envolvidos.
Apreensão de corais exóticos
Os corais exóticos apreendidos foram encaminhados ao Laboratório de Estudos Marinhos (Labimar) para análise e cuidados especializados. A carga, originária de Salvador e com destino a Brasília, foi interceptada por agentes de fiscalização sendo transportada sem a devida licença ambiental. O responsável foi autuado em R$ 5.000,00 pela comercialização irregular. Além disso, durante uma inspeção na empresa do autuado, foram encontradas outras infrações, como a reprodução não autorizada de invertebrados marinhos e a ausência de relatórios obrigatórios ao Ibama. A empresa foi multada em mais de R$ 100.000,00 por operar em desacordo com as normas ambientais.
Tráfico internacional de fauna e flora
O tráfico de fauna e flora é uma das maiores ameaças à biodiversidade global. O Brasil, com sua vasta diversidade biológica, é alvo constante de contrabandistas que exploram ilegalmente os recursos naturais do país. Esse comércio ilícito não apenas coloca espécies em risco de extinção, mas também provoca desequilíbrios ecológicos, aumentando o risco de zoonoses e a propagação de doenças.
A comercialização irregular de espécies exóticas, como os corais apreendidos, representa um risco adicional de bioinvasão, ameaçando a biodiversidade local e a integridade de ecossistemas sensíveis, como os recifes de corais. Espécies exóticas competem com as nativas por recursos e alteram o equilíbrio dos ecossistemas. Diante disso, a fiscalização desempenha um papel fundamental na proteção da biodiversidade e na preservação da saúde ambiental.
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