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Ibama/RS junta-se à força-tarefa no Rio Grande do Sul no trabalho de resgate a vítimas das enchentes no estado
Força-tarefa de distribuição de alimentos e água
Brasília (06/05/2024) - A Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no estado do Rio Grande do Sul (Ibama/RS) está atuando em ação conjunta com o governo federal e o governo estadual para resgatar pessoas e animais (silvestres e domésticos) das enchentes que deixaram grande parte das cidades gaúchas inundadas. Os servidores também estão auxiliando a força-tarefa do estado no trabalho de distribuição de alimentos e água.
Ações federais em resposta a catástrofe socioambiental no Rio Grande do Sul mobilizam mais de 14 mil pessoas. A atuação conjunta dos governos federal, estadual e municipais permitiu resgate de mais de 25 mil pessoas em operações aéreas, terrestres e fluviais até esse domingo (05/05).
A Defesa Civil comunicou nessa segunda-feira (06/05) o número de vítimas até o momento. São 83 mortes, 111 desaparecidos e 291 pessoas feridas. E ainda, 149,3 mil pessoas fora de casa, sendo 20 mil em abrigos e 129,2 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos). Ao todo, 364 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 873 mil pessoas.
O governo gaúcho decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas do estado com risco de elevação das águas acima da cota de inundação.
Cetas
O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama/RS mobilizou uma força-tarefa que inclui o uso de uma embarcação, que, nesta segunda-feira, começou a percorrer áreas alagadas na capital gaúcha, para alcançar áreas afetadas de difícil acesso. O trabalho de resgate e o cuidado com os animais atingidos pelas enchentes não se restringe apenas ao Cetas.Em resposta à emergência ambiental, o Cetas uniu esforços com a Secretaria de Meio Ambiente do estado e com diversas entidades para resgatar e cuidar dos animais silvestres afetados pela intensificação das chuvas, que provocou um aumento do volume de água em campos e áreas urbanas.
O Centro de Triagem, localizado no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, também foi impactado diretamente pelas enchentes. Antevendo uma situação crítica, a equipe do Ibama rapidamente transferiu os animais para locais mais seguros.
"Foi uma verdadeira ação contra o tempo. A gente sabia que se não corrêssemos, o risco de a água atingir o prédio e deixar todos presos era grande. Mas, deu tempo de retirar e levar todos os animais para um lugar seguro, além de levar alguns móveis e documentos para os andares superiores do prédio, relata a superintendente do Ibama/RS, Diara Maria Sartori.
Na sexta-feira (3), papagaios, tartarugas e marrecos foram realocados para a Quinta da Estância, no município de Viamão, na Região Metropolitana. No sábado, quatro macacos-prego e pássaros foram levados para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Todos os animais estão agora em segurança.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, reitera seu compromisso em colaborar com as ações dos governos federal e estadual para ajudar nessa, que é a maior tragédia já registrada na história do Rio Grande do Sul. As pessoas têm que entender que a mudança climática é uma realidade no mundo todo. Achávamos que iria demorar ainda alguns anos, mas já estamos vivendo suas consequências".
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