Notícias
Ibama/RS atende vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul
Brasília (08/05/2024) - As equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Estado do Rio Grande do Sul (Ibama/RS) estão atuando em várias frentes, ao lado de outras instituições, governos e sociedade civil, no trabalho de atendimento às vítimas da tragédia causada pelas fortes chuvas que atingem o estado desde a semana passada.
Nas ações, principalmente de resgate de pessoas e de animais, estão envolvidos servidores do Instituto que se deslocam por meio de embarcações e viaturas aos pontos críticos de Porto Alegre e entorno.
Um dos trabalhos é a distribuição de alimentos, água, colchões, cobertores e roupas a comunidades indígenas que residem em bairros da capital gaúcha. O trabalho foi realizado em parceria com a prefeitura da cidade e o Instituto Curicaca, uma organização não governamental que trabalha pela conservação da natureza.
As comunidades que receberam mantimentos fazem parte de quatro coletivos Guaranis Mbyá (integrado por cerca de 220 indígenas), que moram em pequenas terras nos bairros Lomba do Pinheiro, Lami e Belém Novo. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a comunidade que vive na Ponta do Arado, naquele bairro, é um dos casos emergenciais entre a etnia Guarani no Rio Grande do Sul.
Os alimentos entregues na ação foram recolhidos pela prefeitura. A superintendente do Ibama/RS, Diara Maria Sartori, informou que a autarquia ainda não está efetivamente realizando outras ações de doação para os indígenas, pois aguarda ser acionada pela Secretaria de Saúde Indígena (SESAI). O órgão é responsável por coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena no Sistema Único de Saúde (SUS).
Mais de oito mil famílias indígenas foram atingidas pelo impacto das fortes chuvas no Estado, de acordo com levantamento da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que atende cerca de 109 aldeias no Rio Grande do Sul, além de comunidades que residem em contextos urbanos e periurbanos.
O governo federal está atuando no monitoramento dos impactos em Territórios Indígenas, com deslocamento coordenado pela Funai de 150 barracas doadas pela Defesa Civil do Paraná. Outras medidas incluem apoio aos traslados de famílias desalojadas na Terra Indígena Serrinha e acompanhamento de ações da Defesa Civil nas Terras Indígenas Rio da Várzea, Mato Castelhano, Cacique Doble, Guarita e região de Tapejara. Houve ainda remoção da comunidade Kaingang, no município de Forqueta.
Animais silvestres
Em função das inundações e alagamentos na maior parte do estado, o Ibama mantém o alerta sobre os animais silvestres que têm aparecido em áreas urbanas. A orientação é de que, caso algum desses animais seja encontrado, para a segurança da pessoa e do animal, não se deve tentar nenhum tipo de aproximação ou contato.
Se ficar evidente que o animal está precisando de ajuda ou que a presença dele no local configura algum risco, tanto para ele quanto para as pessoas no entorno, a recomendação é acionar os órgãos competentes. O telefone de contato do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) Porto Alegre do Ibama/RS é (51) 99810-0325.
Vítimas
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que até o momento foram registradas 100 mortes em razão dos temporais. O estado registra 128 desaparecidos e 372 feridos.
No total, 414 dos 497 municípios do estado têm algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,4 milhão pessoas afetadas.
A tragédia no Rio Grande do Sul ocorre devido à massa de ar quente estacionada no Centro-Sul do país, que impede o avanço de frentes frias e concentra a precipitação no Rio Grande do Sul e no sul de Santa Catarina. O fenômeno é intensificado por um dos El Niños mais fortes da história e pela mudança do clima, relacionada ao aumento de evento climáticos extremos na região.
Assessoria de Comunicação do Ibama
imprensa@ibama.gov.br
61 3316-1015