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Ibama realiza Operação Hermes, em Belém, e apreende animais silvestres e artefatos ilegais
Belém (18/10/2024) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou a Operação Hermes, em parceria com a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal, no Aeroporto Internacional de Belém (PA). A ação teve como objetivo combater o tráfico da biodiversidade e de produtos feitos com partes de animais silvestres, intensificando a repressão ao transporte ilegal de fauna e de artefatos.
A operação resultou na apreensão de três cocares e um chocalho confeccionados com penas de aves silvestres, além de 11 espécimes da fauna brasileira, incluindo duas serpentes, uma cabeça de lagarto, um escorpião, duas rãs, três centopeias e duas lesmas. Os itens foram encontrados nas bagagens de passageiros que embarcavam em voos internacionais e domésticos.
Entre os autuados, uma passageira portuguesa que retornava a Lisboa, em Portugal, e transportava um dos cocares. Outros dois artefatos foram encontrados com um homem francês que se dirigia a Zurique, na Suíça. Os espécimes silvestres estavam em posse de um brasileiro que embarcaria para Macapá (AP). Outro brasileiro, que estava em uma banca de exposição no saguão do aeroporto, também foi autuado por portar um artefato ilegal.
Operação durante o Círio e estratégias futuras
Essa etapa da Operação Hermes, no Pará, foi iniciada uma semana antes do evento religioso Círio de Nazaré, onde a capital Belém costuma receber muitos turistas. Após a festa, os agentes intensificaram a fiscalização, culminando em apreensões e autuações. De acordo com os responsáveis pela operação, a movimentação intensa de turistas propicia um ambiente vulnerável para o tráfico de animais e produtos derivados da fauna silvestre, o que justifica a ampliação das ações de fiscalização.
O Ibama estuda medidas para reforçar o controle ambiental em aeroportos durante eventos de grande porte, como a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada no Brasil. O foco não é apenas em cargas, mas também em bagagens de passageiros, que têm sido uma via para o transporte ilegal de animais e artefatos silvestres.
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