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Ibama realiza operação contra o tráfico de espécies em 20 estados
Brasília - (04/10/2024) - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou, na quinta-feira (03/10), a Operação Feira Virtual, para o combate ao tráfico de animais silvestres e de artesanatos feitos com partes de espécies nativas, como penas e dentes.
A operação teve como foco as atividades de venda ilegal realizadas em plataformas digitais e em grupos de conversa por aplicativos.
Em Brasília (DF), os agentes do Ibama apreenderam em uma feira turística da cidade, cocares e peças feitas com penas de aves silvestres, que seriam comercializadas ilegalmente. O responsável foi multado em R$ 23 mil por tentar vender os itens, o que é proibido por lei. Apreensões semelhantes ocorreram em outros estados, como Pernambuco e Bahia. Neste último, um homem foi flagrado mantendo 20 pássaros em cativeiro em sua residência, sendo multado em R$ 29 mil e autuado por crime ambiental. Os animais estavam anunciados para venda. O homem confessou aos agentes que grande parte dos pássaros foram capturados da natureza por armadilhas feitas por ele.
A equipe de Fiscalização e Inteligência do Ibama vem monitorando anúncios de a venda ilegal de animais silvestres nas redes sociais em aplicativos de conversa. Em um dos anúncios foi identificado que uma cobra estava à venda por R$ 50, enquanto três filhotes de sabiá eram oferecidos por R$ 70. Outros exemplos incluem corujas vendidas por R$ 150 e filhotes de macaco-prego, espécie comumente traficada.
Os animais resgatados durante a operação foram encaminhados para os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, onde irão passar por avaliação de saúde e comportamento. O objetivo é garantir que, após o processo de reabilitação, aqueles que apresentam boas condições possam ser devolvidos ao seu habitat, contribuindo para a preservação das espécies e o equilíbrio dos ecossistemas. Nos últimos cinco anos, os Centros de Triagens de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama já receberam mais de 116 mil animais apreendidos, sendo 23.628 em 2023 e 14.006 em 2024 (até o momento).
O tráfico de animais silvestres no Brasil é uma das principais ameaças à biodiversidade. O chefe substituto do Núcleo de Fiscalização da Fauna (Nufau) do Ibama, Bruno Ramos, explica como o crime pode ser combatido: “A primeira coisa que você pode fazer é não comprar animais silvestres. Além disso, é essencial não divulgar anúncios e conteúdos que incentivem esse tipo de comércio e denunciar esses crimes às autoridades competentes”, afirma Ramos.
Assessoria de Comunicação do Ibama
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