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Ibama mobiliza municípios para prevenir a invasão do mexilhão-dourado na Bacia Araguaia-Tocantins
- Foto: Wilkinson Lázaro
Goiânia (18/12/2024) – Para proteger as águas e conter uma ameaça silenciosa, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deu início a um programa estratégico de prevenção à invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) na Bacia Araguaia-Tocantins, em Goiás. Com a entrega de materiais de sensibilização e encontros técnicos, o Ibama busca unir forças com as Secretarias Municipais de Meio Ambiente (Semmas) para evitar que o pequeno molusco cause grande impacto ambiental na região.
Para conscientizar a população, na primeira etapa houve a disponibilização de seis mil folders e 120 cartazes a 12 municípios estratégicos: Baliza, Aragarças, Britânia, Aruanã, Nova Crixás, São Miguel do Araguaia, Campinaçu, Minaçu, Colinas do Sul, Niquelândia, Uruaçu e Campinorte. Todas as localidades são cidades focais de pescadores, guias e aquicultores, principais usuários dos recursos hídricos.
Estratégia coletiva e eficiente
O programa não se limita à distribuição de materiais. Em novembro, os técnicos do Instituto se reuniram virtualmente com os municípios para debater soluções preventivas, identificar papeis e alinhar ações. Agora, com o trabalho em campo, o foco é a detecção precoce. “O Ibama não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. As Semmas são fundamentais para agirmos com agilidade e precisão”, reforça Rodrigo Andrade, chefe da Divisão Técnico-Ambiental (Ditec), em Goiânia.
Já o analista ambiental Guilherme Destro, do Núcleo de Biodiversidade e Floresta (Nubio) do Ibama em Goiás, ressalta a importância da execução das medidas preventivas. Segundo ele, o mexilhão-dourado já ocorre abundantemente no sul do estado, na Bacia do Rio Paranaíba, onde tem gerado inúmeros prejuízos sociais, ecológicos e econômicos, especialmente para o setor elétrico. “Além do Paranaíba, também já detectamos a espécie no Rio Tocantins, nos estados do Pará, Maranhão e Tocantins, ou seja, sua chega ao Norte de Goiás é iminente”, lamentou.
Ao sensibilizar as comunidades antes da chegada do invasor, o Ibama espera minimizar os danos. A próxima etapa do programa prevê a capacitação de piscicultores, guias de pesca e a expansão das ações para outros municípios da Bacia. “Conscientização e prevenção são as melhores armas contra essa invasão”, concluiu Andrade.
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