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Ibama forma brigadistas indígenas para proteger Mata Atlântica no sul da Bahia
Brasília (11/10/2024) - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) formou mais uma brigada indígena para atuar na prevenção e no combate aos incêndios florestais. Desta vez, a capacitação aconteceu na Terra Indígena (TI) Caramuru-Paraguaçu, localizada no sul da Bahia. Com participação de 30 brigadistas da etnia Pataxó Hã Hã Hãe, a iniciativa tem como objetivo proteger as áreas de Mata Atlântica na região e promover a conscientização sobre o uso do fogo.
Conduzida pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo/Ibama), em parceria com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a capacitação incluiu instruções sobre o Manejo Integrado do Fogo (MIF), uma técnica que alia o conhecimento tradicional indígena ao controle estratégico de incêndios, promovendo a sustentabilidade ambiental e a prevenção de desastres ecológicos.
Dos 30 participantes do curso, os 15 melhores serão contratados para formar a nova Brigada Federal Indígena Pataxó Hã Hã Hãe, que atuará de novembro de 2024 a abril de 2025. Além de combater incêndios, os brigadistas realizarão atividades de conscientização nas comunidades locais, promovendo palestras e rodas de conversa sobre a importância da prevenção de incêndios e do uso tradicional do fogo em roças e pastagens.
Área prioritária
A área a ser preservada, composta por cerca de 54 mil hectares, abriga fragmentos de floresta nativa e importantes nascentes que abastecem as comunidades indígenas e as cidades vizinhas. Localizada entre os municípios de Itaju do Colônia, Pau Brasil e Camacan, na Bahia, a região faz parte da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo e é classificada como prioritária para a conservação da biodiversidade, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Autonomia para as comunidades
A importância da formação da brigada vai além da questão da biodiversidade. Ao capacitar indígenas para atuarem como defensores de suas próprias terras, o Ibama e a Funai fortalecem a autonomia das comunidades, proporcionando um papel ativo na gestão e na proteção dos recursos naturais. A presença dos brigadistas na TI Caramuru-Paraguaçu representa um avanço na luta contra a degradação ambiental e no reconhecimento da contribuição dos povos originários para a preservação da Mata Atlântica.
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