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Ibama e Receita Federal apreendem quase 100 quilos de barbatanas de tubarão em Fortaleza
Brasília (24/09/2024) - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Receita Federal realizaram, na última segunda-feira (23), uma apreensão de 96 quilos de barbatanas de tubarão no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza (CE). A carga, que saiu de São Luís (MA) com destino a Guarulhos (SP), foi interceptada no Terminal de Cargas do aeroporto cearense.
As barbatanas, desidratadas e prontas para consumo, estavam escondidas entre outras mercadorias. Considerado um alimento de luxo e símbolo de status em países asiáticos, como China, Hong Kong, Malásia e Vietnã, esse tipo de produto é altamente valorizado no mercado internacional.
Esta é a terceira apreensão de barbatanas de tubarão em Fortaleza realizada pelos entes competentes do governo federal em menos de uma semana, somando 392 quilos confiscados.
- Em 17/09, foram 230 quilos apreendidos em uma transportadora de cargas aéreas na cidade de Cruz, no Litoral Oeste do Ceará;
- Em 20/09, foram 66 quilos confiscados em uma transportadora de Fortaleza, em uma carga proveniente de João Pessoa (PB), que seria enviada para São Luís (MA).
Pesca e exportação proibidas
No Brasil, a pesca direcionada à captura de tubarões é proibida, e a exportação de várias espécies é controlada, já que muitas estão listadas nos Anexos da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites) ou constam na lista oficial de espécies ameaçadas de extinção (Portaria MMA n° 148/2022).
De acordo com Lívio Gurjão, analista ambiental do Ibama, o crime ocorre com o animal ainda vivo. “Esses tubarões são retirados do mar, e, como as barbatanas têm maior valor comercial, os infratores as removem enquanto o animal ainda está vivo e o devolvem ao mar”, explica.
Os responsáveis pela exportação ilegal de mercadorias, como as barbatanas de tubarão, estão sujeitos a sanções severas no Brasil, que variam desde multas até penas de um a três anos de prisão.
Assessoria de Comunicação do Ibama
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