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Ibama e PRF neutralizam atividade de garimpo ilegal na Terra Indígena Vale do Javari
Manaus (19/09/2024) – A Operação Waki, realizada na Terra Indígena (TI) Vale do Javari e entorno, com objetivo de combater o garimpo ilegal, resultou na desativação de 54 dragas, 53 motores estacionários, 43 embarcações e 13 rebocadores. Também foram inutilizados mais de 66 mil litros de óleo diesel e 7,6 mil litros de gasolina, e apreendidas 30 motosserras, 28 motores de popa, 19 antenas de internet via satélite, 16 armas de fogo, 114 munições de diversos calibres, 10,9 kg de mercúrio e 33,4 gramas de ouro.
Agentes ambientais do Grupo Especial de Fiscalização (GEF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), atuaram em conjunto com agentes do Grupo de Resposta Rápida (GRR), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na ação que abrangeu 54 alvos distribuídos em 11 rios e dezenas de igarapés.
No interior e no entorno da TI, o garimpo ilegal ocorre principalmente por meio do uso de dragas e balsas, que causam contaminação e assoreamento dos cursos d'água e destruição das áreas de preservação permanente, implicando em impactos nas áreas de desova de quelônios e na reprodução de peixes, o que também afeta a subsistência da população indígena e ribeirinha.
A ação dos agentes do Ibama e da PRF interrompeu a logística da atividade criminosa ligada aos garimpos na região, o que cessou os danos ambientais e garantiu a sobrevivência dos povos indígenas.
A Operação Waki foi executada em cumprimento ao Plano de Proteção Territorial do Vale do Javari. O nome da Operação é uma homenagem do Ibama a Pedro Waki, filho do indigenista e servidor da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) Bruno Pereira, assassinado em junho de 2022 na TI.
TI Vale do Javari
A TI Vale do Javari é o segundo maior território indígena do país, com área de aproximadamente 8,5 milhões de hectares, se localiza na fronteira com o Peru, no estado do Amazonas. É habitada por indígenas da etnia Kanamari, Kulina Pano, Marubo, Matis, Mayoruna, Tyohom Dyapá e Korubo, estes dois últimos considerados de recente contato. É, também, o território com maior concentração conhecida de povos indígenas isolados da Amazônia.
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