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Ibama celebra Dia Internacional da Biodiversidade e anuncia iniciativas de conservação
Brasília (22/05/2024) - Em homenagem à vasta diversidade de espécies e ecossistemas do Brasil, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) comemorou, nesta quarta-feira (22/05), o Dia Internacional da Biodiversidade. Durante cerimônia organizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o presidente do Instituto, Rodrigo Agostinho, anunciou três novas iniciativas focadas na conservação: o Programa Nacional Caminhos da Biodiversidade, o 2º Ciclo do PAN Quelônios e o Sistema de Gestão de Dados da Biodiversidade para Avaliação de Impacto Ambiental.
“O Ibama reafirma seu compromisso com a preservação da biodiversidade brasileira e o combate ao tráfico de animais silvestres, trabalhando em rede com diversas instituições e comunidades para alcançar o seu principal objetivo de preservar a imensa biodiversidade do país e conservar as espécies ameaçadas de extinção.”, destacou Agostinho.
A biodiversidade brasileira é de grande relevância científica, social e ambiental. Segundo estimativas da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), o Brasil abriga entre 15% e 20% de toda a biodiversidade mundial, sendo considerado o país com o maior número de espécies endêmicas. Essa riqueza biológica está distribuída por diversos biomas e ecossistemas brasileiros. Além de manter o equilíbrio dos ecossistemas e fornecer serviços ambientais essenciais, a biodiversidade é fonte de alimentos, fármacos, conhecimento, inspiração cultural e lazer.
Para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, comemorar o Dia da Biodiversidade é uma forma de reafirmar o compromisso de proteger e restaurar o meio ambiente. “Nós queremos, nesse dia, nos encher de esperança de que a preservação é possível. Eu espero que essa seja a decisão de empresas e governos, porque a sociedade, os povos indígenas e a ciência já estão fazendo a sua parte para defender a biodiversidade.”, enfatizou Marina.
A mesa de abertura também contou com a presença de diversas autoridades e representantes de instituições parceiras, incluindo a diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Teresa Campelo; o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires; o representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Claudio Providas; a secretária Nacional de Biodiversidade do MMA, Rita Mesquita; a secretária Nacional de Bioeconomia do MMA, Carina Pimenta; e o secretário Nacional na Secretaria Extraordinária de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, André Lima.
Saiba mais das iniciativas do Ibama apresentadas durante o evento:
Segundo Ciclo do PAN Quelônios
A iniciativa, que começou nesta semana na sede do Ibama, reúne os principais pesquisadores de quelônios do Brasil, servidores do Ibama, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e membros de comunidades envolvidas na conservação dessas espécies. Por meio de oficinas, estão sendo discutidas as principais ameaças à conservação dos quelônios amazônicos. O objetivo é construir, ao final do evento, um pacto normativo que preveja as ações necessárias para garantir a integridade desses animais e o equilíbrio do ecossistema em que vivem.
Durante os cinco dias de evento, serão desenvolvidos instrumentos de acompanhamento, monitoramento, avaliação e auxílio na implementação do plano, que terá duração de cinco anos. No primeiro ciclo do PAN, que terminou em 2020, foram concluídas 77% das metas acordadas. Os objetivos do segundo ciclo estão alinhados com os do Programa Quelônios da Amazônia (PQA), focando principalmente na recuperação de populações nas áreas de ocorrência natural.
Programa Nacional Caminhos da Biodiversidade
A Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas (DBFlo), através da apresentação de sua diretora, Lívia Karina Martins, lançou no evento de hoje em homenagem ao Dia Internacional da Biodiversidade, o Programa Nacional Caminhos da Biodiversidade, que visa promover a observação de vida silvestre no Brasil como estratégia contra o tráfico de animais. O programa mapeia locais prioritários para conservação, apoia a elaboração de planos específicos, estimula parcerias público-privadas, identifica regiões propícias à observação de vida silvestre e promove a transparência das informações sobre a biodiversidade.
O público-alvo inclui órgãos estaduais de meio ambiente (OEMAs) e prefeituras que já realizam atividades de observação de vida silvestre, instituições de pesquisa científica e organizações envolvidas com a ciência, além de instituições públicas ou privadas que participam de iniciativas de conservação da biodiversidade.
Sistema de Gestão de Dados da Biodiversidade para Avaliação de Impacto Ambiental
O Sistema de Gestão de Dados da Biodiversidade para Avaliação de Impacto Ambiental, feito em parceria com o ICMBio, visa receber, validar e organizar dados primários de biodiversidade do Licenciamento Ambiental federal. Esses dados incluem levantamentos, monitoramentos, resgates e inventários florestais, disponibilizados em um banco de dados público. Com isso, a iniciativa aprimora a análise técnica, beneficiando avaliações mais detalhadas e precisas dos impactos ambientais. Além de otimizar processos de licenciamento, a transparência é ampliada, permitindo um controle social efetivo.
O Sistema também é uma fonte valiosa para pesquisas, contribuindo para a gestão ambiental e a conservação da biodiversidade. Atualmente, o projeto está na fase de inserção assistida de dados no ambiente de produção. Como parte do projeto piloto, foram integrados dados legados do licenciamento da Vale do Pará, totalizando 3.515 registros de biodiversidade e 377.350 indivíduos registrados.
Salvamento de Fauna por Eventos Extremos
O projeto é uma iniciativa prioritária, contando com equipes capacitadas, para atuar em situações de desastres ambientais. Atualmente, essas equipes estão ajudando no resgate e cuidados dos animais vítimas das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Na ocasião, pequenos hospitais veterinários de emergência foram adaptados para o alojamento e reabilitação desses animais. Em situações de maior gravidade, essas estruturas são montadas rapidamente, exemplificando a necessidade de prevenir e responder a desastres ambientais de forma eficiente.
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