Notícias
Escritora premiada participa de evento de aniversário do Ibama
Brasília (28/02/2024) - A premiada escritora pernambucana Micheliny Verunschk abriu, na sexta-feira (23), a série de palestras de escritores dentro da programação que marca o aniversário de 35 anos do Ibama.
A proposta de trazer Micheliny foi da Diretoria de Licenciamento Ambiental (Dilic), para diversificar os eventos que estão marcando o aniversário de 35 anos do Instituto. Organizadora do evento, a analista ambiental da Dilic Aline Carvalho explicou que o objetivo foi proporcionar aos servidores e ao público externo, convidado para assistir o evento pelo canal do Ibama do YouTube, a possibilidade de fazer educação ambiental a partir da literatura. A diretora Claudia Barros participou da mesa de trabalho.
O nome da escritora, autora de 13 obras literárias, foi escolhido por conta do tema do seu livro “O som do rugido da onça”, vencedor, em 2022, do Prêmio Jabuti, a mais tradicional distinção literária do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL).
A obra relata a expedição, em 1817, de dupla de pesquisadores brasilianistas alemães Johann Baptist von Spix, doutor em Medicina, e Carl Friedrich Philipp von Martius, médico, botânico e naturalista, sob a perspectiva indígena. Críticos consideram que se trata de um livro sem paralelos na literatura brasileira ao tratar de temas como memória, colonialismo e pertencimento.
Micheliny, que também é historiadora, é autora de livros de contos, poesias e romances, entre eles “Nossa Teresa: vida e morte de uma santa suicida”, que ganhou o prêmio São Paulo de Literatura.
Palestra
Em sua palestra, a escritora disse que falar para pessoas ligadas de alguma forma ao meio ambiente é natural: “não existe um público leitor homogêneo. A grande graça da literatura é que ela congrega pessoas de diferentes interesses, de histórias de vida diversificadas, em torno de uma boa narrativa. ”Assim, para ela, falar para esses potenciais leitores é uma afirmação de que “a literatura não tem gavetas ou casinhas, ela existe para o mundo”.
“Eu recebi esse convite com muita satisfação, particularmente por se tratar não só de uma data importante em celebração, mas de uma instituição tão imprescindível como o Ibama para o Brasil, uma nação com biomas tão diversos, com natureza tão rica quanto cobiçada pelo capitalismo.” Destacou que, em suas obras, para além da fabulação de personagens humanos, a natureza e os animais são muito presentes, são fundamentais.
Na construção de seus livros, Micheliny diz que as narrativas se impõem, independentemente dela, do que é, do que gosta ou pensa. “Elas chegam e, quando eu me disponho a escrevê-las, é porque acho que eu tenho algo importante a transmitir, sempre no sentido da capacidade de encantamento que a literatura tem. O texto literário, definiu a escritora pernambucana, compõe a arte do bem viver, está integrada a tudo que faz a humanidade melhor.
“A minha mensagem é: invistam nas obras da literatura contemporânea brasileira, que é muito rica e poderosa”, concluiu.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, participou da roda de conversa, em que os participantes que assistiram no auditório da autarquia fizeram perguntas à escritora.
Ele agradeceu a presença de Micheliny, argumentando que o Instituto, embora voltado em suas ações para as questões do meio ambiente, “precisa também debater cultura. Momentos como esse de hoje, quando temos a oportunidade de falar sobre literatura, é muito importante para o nosso cotidiano”. Agostinho se disse um “consumidor de literatura”. Sua próxima leitura, anunciou, será “O som do rugido da onça”.
O evento foi encerrado com uma sessão de autógrafos.
#Ibama35anos
Assessoria de Comunicação do Ibama
imprensa@ibama.gov.br
61 3316-1015