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A importância da Caatinga como tema de clássicos da literatura
Foto: Herminio Lacerda
Brasília (30/04/2024) - A Caatinga nos clássicos da literatura foi o tema da palestra que a professora Adriana de Fátima Alexandrino Barbosa, da Universidade de Brasília (UnB), fez ontem (29/04) no ‘Bate-papo Ambiental’, promovido na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O evento celebrou o Dia Nacional da Caatinga e o aniversário de 35 anos da autarquia.
A palestra, que também foi transmitida ao vivo pela internet, foi aberta pela analista ambiental Aline Carvalho e contou com a participação da diretora de Licenciamento Ambiental (Dilic), Claudia Jeanne Barros. No bate-papo, a professora Adriana concentrou sua fala em três obras que têm, como pano de fundo, a Caatinga: Vidas Secas, de Graciliano Ramos; Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto; e O Quinze, de Raquel de Queiroz.
Os três trabalhos literários, segundo ela, expõem, a partir da vida simples naquele bioma, as desigualdades brasileiras, sob todas as formas: regionais, sociais, de propriedade e educacionais. Na Caatinga, na região Nordeste do país, afastada do litoral, o que se vê é muita pobreza e forte concentração de terras nas mãos de poucos. E isso está muito bem refletido nas três obras, disse Fátima, Mestre e Doutora em Teoria Literária.Os autores não ficam imunes à rudeza do bioma e ao cotidiano difícil de quem lá vive. “Eles tomam posição diante dessa desigualdade, em favor do bioma e construindo uma narrativa em defesa dessas pessoas, que são consideradas subalternizadas. Na estrutura dos romances, os personagens têm muita voz e veem respeitada a sua humanidade.”
Ao finalizar, ela defendeu um olhar mais atento das autoridades para as necessidades da Caatinga e sua notável biodiversidade, “tão importante quanto à da Amazônia”.
A íntegra da palestra e do bate-papo pode ser vista no canal do Ibama no YouTube.
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