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Presidente do Ibama participa de workshop sobre análise de agrotóxicos
Brasília (22/11/2023) - O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, participou, nesta terça-feira (21), da abertura do 2º Workshop Sobre Bases Técnico-Científicas da Avaliação de Risco Ambiental de Agrotóxicos, em Brasília.
O workshop visa ampliar as discussões técnicas sobre a metodologia da avaliação de risco ambiental de agrotóxicos para mamíferos, aves, répteis, anfíbios, organismos do solo e aquáticos. Os procedimentos que se encontram em desenvolvimento pelo Instituto, além de apresentar iniciativas sobre educação ambiental vinculadas ao tema, levam em consideração os cenários e biomas brasileiros e buscam se aproximar das metodologias modernas realizadas pelas principais agências internacionais.
De acordo com a Lei Federal 7.802/1989 e com o Decreto 4.074/2002, cabe ao órgão ambiental, por meio do Ibama, realizar a avaliação ambiental dos agrotóxicos, seus componentes e afins.
A avaliação técnica ambiental compreende a análise de perigo e de risco. As verificações se baseiam em testes laboratoriais, de semi-campo e de campo, envolvendo áreas multidisciplinares como, por exemplo, estatística, química, biologia, agronomia, pedologia e toxicologia.
A partir dessas informações, são conhecidas as propriedades físico-químicas e ecotoxicológicas da substância química, além de informações relativas à persistência, à bioacumulação, ao transporte em solos nacionais e aos resíduos em matrizes ambientais, que subsidiarão o conhecimento do comportamento dos agrotóxicos nos diversos compartimentos do meio ambiente.
"Somos um país tropical muito diverso, 20% da biodiversidade do mundo está aqui e isso inclui uma série de seres vivos que estão se relacionando com a agricultura o tempo todo", esclarece o presidente do Ibama.O workshop é parte do projeto "Implementação da Avaliação de Risco Ambiental para proteger a vida dos riscos associados ao uso dos agrotóxicos", fruto da parceria entre o Ibama e o Fundo de Defesa de Direitos Difusos (CFDD), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
"Os recursos que vêm do FDD são muito bem-vindos porque a gente consegue gerar conhecimento para fazer transformação. Aqui no Ibama trabalhamos fazendo e executando política pública. Ela é desenhada, em grande parte, pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Justiça, mas é construída em base sólida científica. A gente trabalha sempre baseado em evidências", enfatizou Rodrigo Agostinho.
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