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Pesquisadora Jane Goodall visita o Ibama
Brasília (27/10/2023) - A primatologista, etóloga e antropóloga britânica Jane Goodall esteve no Ibama, nesta sexta (27). Ela é reconhecida na comunidade científica por seus estudos sobre a vida familiar e social dos chimpanzés.
Jane Goodall veio ao Brasil para divulgar a Organização não Governamental Roots&Shoots, fundada por ela, e também para reunir entrevistas e imagens que serão utilizadas na produção cinematográfica sobre os esforços voltados à proteção da Amazônia, sobre a resistência dos povos indígenas e sobre as ações de combate ao desmatamento.O filme é dirigido pelo documentarista Richard Ladkani. Jane e Richard foram recebidos pelo presidente do Instituto, Rodrigo Agostinho.
"Ela tem percorrido o mundo para inspirar as novas gerações e tem feito um trabalho importantíssimo sobre a trajetória dela. Tem percorrido regiões do mundo, foi à Amazônia, conheceu de perto o trabalho de fiscalização do Ibama e visitou áreas de garimpo. Também esteve com a ministra Marina Silva (MMA). Para nós é um prazer enorme recebê-la aqui", declarou Rodrigo Agostinho.
Durante a visita ao Ibama, servidores aproveitaram para conhecê-la, tiraram fotos com a heroína e fizeram perguntas após a breve palestra que a pesquisadora realizou no Auditório I.
"Eu saí do útero de minha mãe amando os animais. Tinha dez anos quando juntei dinheiro e comprei um livro usado do Tarzan. Foi quando decidi que iria trabalhar com animais e morar na África. Aprendi que os chimpanzés podem ser amorosos e, infelizmente, assim como nós ter um lado obscuro e criar inimigos. É muito infeliz que estejamos destruindo florestas, rios e manguezais e vendo as pessoas não parar de pensar apenas em dinheiro", lamentou a pesquisadora.
Jane divulgou o programa Roots&Shoots (Raízes e Brotos), criado por ela em 1991, na Tanzânia, com 12 alunos que demonstravam interesse em melhorar o mundo. Ela pediu para que as pessoas visitem o portal e elaborem projetos que possam ajudar o meio ambiente. Segundo ela, o projeto já alcançou 70 países."O Ibama poderia ter um grupo Roots&Shoots, especialmente vendo vocês tão jovens. Sei que vocês poderiam se encaixar perfeitamente neste programa. É um projeto sobre arregaçar as mangas e agir. Vocês ficariam maravilhados com as histórias que conheço nesses 70 países. É muito óbvio, para mim, que podemos mudar a situação do meio ambiente e do mundo", afirmou a pesquisadora.
A história de Jane Goodall
Em meados de 1960, Jane decide se aventurar pelas florestas da Tanzânia, para estudar primatas africanos. Sua imagem mais conhecida é a da mulher vestida com bermuda caqui, cabelo loiro e binóculos em mãos. Jane Goodall fez grandes descobertas e revolucionou os caminhos da primatologia.
Instalou-se na Reserva de Gombe Stream, às margens do Lago Tanganica. Estabeleceu seus próprios métodos de pesquisa e seguiu seus instintos na busca e observação dos chimpanzés da reserva. Chegou a ser criticada por cientistas da área por não ter designado números como forma de identificação de cada animal, mas achava tal conduta dos colegas equivocada e insensível.
A partir dos próprios métodos, convenceu a comunidade cientifica que chimpanzés tinham mente, personalidade e emoções.
Jane Goodall recebeu prêmios e honrarias por seu trabalho ambiental e humanitário. Foi premiada com a Ordem do Império Britânico; nomeada Mensageira da Paz das Nações Unidas pela ONU (Organizações das Nações Unidas); recebeu o Prêmio Tyler de Conquista Ambiental; a Ordem Nacional da Legião de Honra da França; a Medalha da Tanzânia; o Prêmio Kyoto, do Japão; a Medalha Benjamin Franklin, em biologia; o Prêmio Gandhi-King para o reconhecimento da não-violência e o Prémios Princesa das Astúrias.
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