Ibama realiza soltura de 758 animais silvestres na natureza, no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro (08/11/2023) - O Ibama, no Rio de Janeiro, conseguiu superar uma importante marca: devolveu 758 animais silvestres à natureza só no mês de outubro. O feito foi conquistado por meio do Centro de Triagem de Animais Silvestres do estado (Cetas/RJ). Deste total, 363 eram aves. Ao mesmo tempo, a unidade registrou seu maior número mensal de recebimentos de apreensões, totalizando 578 animais. O valor representa um aumento de 21,6% em comparação ao segundo maior registro do ano, ocorrido em janeiro, quando foram acolhidos 475 animais apreendidos.

Em todo o Brasil, há 23 Cetas. As espécies que chegam à instituição ou foram apreendidos, resgatadas ou entregues voluntariamente. No caso da unidade fluminense, 897 espécimes foram recebidos apenas em outubro.

O manejo dos animais inclui procedimentos clínicos essenciais, como identificação, marcação, triagem, avaliação e recuperação. Posteriormente, a maioria deles é encaminhada para a libertação. Aqueles que não podem ser soltos, devido a limitações físicas ou de adaptação à vida selvagem, encontram um lar em zoológicos ou empreendimentos autorizados para criação de fauna.

Um gato mourisco se destacou entre os animais reintegrados à natureza pelo Cetas/RJ, em uma ação realizada em parceria com o Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis. Duas onças pardas, inicialmente apreendidas nas comunidades cariocas Chapadão e Pavão-pavãozinho, estão passando pelos mesmos cuidados, com previsão de retorno à natureza em breve.

Quanto às apreensões, dos animais recebidos no último mês, 458 eram passeriformes, entregues pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA-RJ) ao Cetas. Destes, 163 foram resgatados em uma operação realizada em 20 de outubro, no bairro da Abolição.

Em 27 de outubro, a DPMA entregou ao Ibama 295 pássaros, sendo 126 trinca-ferros e 169 canários-da-terra, apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nos municípios de Piraí (RJ) e Casimiro de Abreu (RJ). Devido às más condições de transporte causadas pelo tráfico, 30% dos trinca-ferros não resistiram, resultando na perda de 49 aves durante o trajeto.

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