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Equipe do Ibama retorna de missão humanitária para combate aos incêndios florestais no Canadá
Brasília (23/08/2023) - Retornou ao Brasil, nesta quarta-feira (23), a equipe do Ibama que embarcou, no dia 21 de julho, à missão humanitária para combate aos incêndios florestais no Canadá. Após 30 dias no país, os 42 brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), retornaram para casa trazendo na bagagem a experiência de trabalho com profissionais de vários países, também especialistas em incêndios.
As cidades atendidas de Chilliwack, Abbotsford e Prince George, na Columbia Britânica, tinham mais de 3,3 milhões de hectares queimados pelo fogo descontrolado. Os incêndios que atingem o Canadá este ano são os mais graves registrados e podem se intensificar.
Segundo a coordenadora-geral do Prevfogo do Ibama, Flávia Saltini, “o trabalho foi extremamente bem executado e elogiado. Recebê-los, hoje, com essas honrarias é um dever, porque eles merecem. O reencontro foi emocionante”. Saltini ressalta que o governo brasileiro deve, agora, traçar ações de planejamento em relação às mudanças climáticas extremas, com foco nos incêndios florestais que atingem o Brasil.
Para Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil, apesar da diferença climática entre os países, ambos enfrentam grandes incêndios florestais, sobretudo com o avanço das mudanças do clima no mundo. “Nesse contexto desafiador, a parceria entre as duas nações foi fundamental. As equipes brasileiras são um exemplo para nós. Agradecemos a determinação”, acrescentou.
Brigadista há 13 anos, o quilombola Charles Pereira enfrentava anseios na expectativa da boa execução das atividades. “Os incêndios no Canadá são extremos. Até casas pegam fogo. Lá são utilizadas outros tipos de ferramentas, mas nós, brasileiros, estamos preparados para combatê-los em qualquer lugar do mundo. A troca de experiências foi muito significativa e o aprendizado, inestimável”, celebrou.
De acordo com Reginaldo da Silva Xerente, brigadista indígena da etnia Xerente, a experiência foi histórica. “Levarei esse momento para a vida toda. Saímos da nossa comunidade com o propósito de auxiliar no combate aos incêndios florestais em outro país e conseguimos. A sensação é de dever cumprido. O Brasil foi muito bem representado pelos indígenas no Canadá”, comemorou.
Foram selecionados nove brigadistas indígenas da etnia Xerente, 10 quilombolas, além de outros profissionais que atuam em diferentes biomas, inclusive regiões montanhosas, o que diversifica a linha de atuação e possibilita um desempenho mais efetivo na atividade, já que o território canadense possui características distintas das encontradas no Brasil.
Essa é a maior missão humanitária já realizada pelo país.
Determinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em atenção ao pedido do governo canadense, a missão humanitária brasileira foi coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), e contou com 104 especialistas vinculados ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR); à Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP); e às corporações de bombeiros militares de 20 estados brasileiros e do Distrito Federal.
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