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Ibama comemora um ano de vida da preguiça-de-bentinho Lua, levada recém-nascida para o Cetas/AM
- Foto: Laynara Santos - Cetas/Ibama/AM
Manaus (26/05/2022) - Uma preguiça-de-bentinho ( Bradypus tridactylus ), encontrada na capital manauara ainda recém-nascida e dentro de uma caixa de papelão, completa um ano de vida em reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Manaus (Cetas/AM). O animal, que ainda estava ligado à placenta no momento do resgate, foi batizado pela equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Lua - em razão da chamada “superlua” que fazia no momento em que foi resgatada.
Desde sua chegada no Cetas, Lua está sob os cuidados da tratadora Laynara Santos. Ela disse que participar de todo o processo é gratificante, principalmente quando se trata de neonatos: “é uma experiência igualmente carregada de muita responsabilidade, dedicação e temor pela vida do animal”, afirma.
Quando encontrada, Lua tinha dentes nascendo e relativa independência para movimentação. Mas para comer e manter-se aquecida, ela precisou de auxílio. Os especialistas usaram aquecimento artificial (bolsas e mantas térmicas), alimentação com leite especial e pedaços macerados de folhas, a fim de simular os resíduos alimentares que o filhote ingere da boca da mãe. “Os primeiros dias são momentos extremamente críticos e de muito risco, com alta taxa de mortalidade em cativeiro, o que, somado à baixa taxa metabólica natural das preguiças, torna imprescindível o monitoramento constante”, explica Laynara.
Após um início de tratamento com algumas dificuldades enfrentadas pela Lua - tais como diarreia e problemas respiratórios, a equipe envolvida no processo de recuperação conseguiu garantir sua sobrevivência. A boa notícia é que, dentro de poucos meses, Lua atingirá o peso mínimo recomendado para a soltura. Aspectos como mudança na alimentação - com a remoção gradual do leite usado na dieta -, e diminuição do contato do animal com tutores e tratadores, fazem parte desse preparo para retorno ao habitat.
Além de Laynara, foram fundamentais na recuperação da Lua a bióloga Natália Lima, do Cetas, o biológo Érico Polo, o tratador Maciel Araújo - responsável pelas caixas adaptadas para manejo de filhotes -, e o médico veterinário Laerzio Chiesorin.
Assessoria de Comunicação Social do Ibama