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Ibama combate garimpo ilegal de ouro na Terra Indígena Sararé, no MT
Brasília (22/12/2022) – Operação de fiscalização em garimpo ilegal de ouro realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em dezembro na Terra Indígena (TI) Sararé, no Mato Grosso, resultou na desmobilização de 10 acampamentos de garimpeiros e na inutilização de escavadeiras hidráulicas utilizadas no garimpo, além da apreensão de uma picape e de 88 gramas de ouro. A Operação Ferro e Fogo é realizada em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), com a Polícia Federal (PF) e com a Força Nacional de Segurança Pública e faz parte de um conjunto de ações para neutralização das frentes de lavra garimpeira ilegal que assolam a região.
Durante os seis meses iniciais da operação, a estimativa é que o prejuízo ao esquema criminoso já ultrapassou R$5 milhões. Nas quatro primeiras etapas, os agentes ambientais federais do Instituto inutilizaram também geradores de energia, motores usados na destruição do solo para atividade de garimpo, entre outros itens.
Danos ambientais provocados pelo garimpo
Às margens dos cursos d'água, os garimpeiros removem, inicialmente, a cobertura vegetal e a camada superficial do solo, até alcançarem a porção sedimentar com potencial de encontrar ouro. Desmontada com jatos de água, a polpa resultante é bombeada para mesas gravimétricas – madeira forrada com carpete – onde as partículas do minério se depositam. O resto da água com lama é descartada no local.
Os carpetes que retêm as partículas de ouro são lavados com mercúrio em bateia para que, juntas, as partículas formem uma amálgama. O material é queimado com maçarico, o que faz com que o mercúrio evapore e reste o ouro bruto. O uso do mercúrio contamina a água, os peixes e os seres humanos, além do desmatamento causado para acessar o subsolo e assoreamento dos rios.
A fim de potencializar a atividade mineral, são utilizadas, ainda, escavadeiras hidráulicas, que aumentam consideravelmente a velocidade de abertura de cavas e, consequentemente, causam danos ambientais.
Entre julho de 2016 e novembro de 2022, foram degradados 340 hectares de área de floresta nativa na Terra Indígena Sararé com a atividade de garimpo ilegal, além do assoreamento de cursos d'água, contaminação, desmatamento e mortandade dos peixes nos rios.
Assessoria de Comunicação do Ibama