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Programa de Licenciamento Ambiental Federal devolve pinguins à natureza em Santa Catarina
- Foto: Martin St-Amant (CC-BY-SA-3.0)
Florianópolis (30/04/2021) – O pinguim-de-magalhães ( Spheniscus magellanicus ) é uma espécie de ave marinha da América do Sul classificada como quase ameaçada de extinção (IUCN). No final do mês de março, o Programa de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), exigido no licenciamento ambiental executado pelo Ibama, foi responsável pela reintegração de 21 animais da espécie à natureza, após resgate e reabilitação. A soltura aconteceu na praia do Moçambique em Florianópolis, Santa Catarina.
A Bacia de Santos se estende de Laguna/SC até Saquarema, no estado do Rio de Janeiro, e é palco do maior programa de monitoramento de praias do planeta. O PMP-BS é executado pela Petrobras como condicionante do licenciamento ambiental pela exploração de petróleo e gás na região.
Para possibilitar o atendimento qualificado às ocorrências em cada ponto coberto pelo programa, várias instituições, normalmente vinculadas às redes oficiais de atendimento a encalhes, são contratadas e dotadas de recursos para reformar ou ampliar suas instalações físicas. São 13 instalações construídas, sendo sete Centros de Reabilitação e seis Unidades de Estabilização.
Dos resgates de pinguins, 10 foram realizados pelos executores do PMP e 11 por equipes do Instituto Australis, da Univille e da R3 Animal, ligada à Univali, entidades parceiras do Programa.
Sobre o programa
O objetivo dos programas de monitoramento de praias é avaliar a interferência dos empreendimentos de petróleo e gás (perfuração, sísmica, produção e escoamento) realizados nas bacias sedimentares offshore do Brasil – ou seja, localizadas no mar – sobre aves, tartarugas e mamíferos marinhos.
As atividades incluem monitoramento sistemático diário da área de influência dos projetos licenciados e atendimento especializado para cada ocorrência.
As equipes, por meio do monitoramento ativo ou do acionamento da população, resgatam os animais marinhos que chegam à costa; muitos deles feridos por embarcações, petrechos de pesca, afetados pelos resíduos sólidos, intoxicados por óleo ou outros contaminantes. Quando encontrados sem vida, há o recolhimento das carcaças para avaliação da causa de óbito por meio de necropsia e análises ecotoxicológicas. As condições ambientais do ecossistema marinho também passam por acompanhamento constante.
Diretoria de Licenciamento Ambiental
Assessoria de Comunicação do Ibama