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Ibama debate a Rastreabilidade da Madeira Tropical do Brasil
Brasília (10/02/2021) - Para discutir os avanços na gestão ambiental, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) marcou presença no webinar "Rastreabilidade da Madeira Tropical do Brasil". Entre as novidades apresentadas no evento está a implementação de um sistema digital antifraude para controle da madeira, desenvolvido e mantido pelo Ibama, em todos os municípios do país. O seminário, que aconteceu nesta terça (9), também deu destaque para os mecanismos de rastreabilidade nos sistemas de gestão de produtos florestais.
Para o diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama, João Pessoa, o instituto está empenhado no fortalecimento do combate ao desmatamento ilegal com o aperfeiçoamento dos mecanismos de rastreabilidade da origem da madeira, fortalecendo a produção sustentável. Em sua fala, ele explicou a integração dos sistemas estaduais do Pará e do Mato Grosso ao Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais, o Sinaflor.
“85% da produção brasileira é oriunda do Mato Grosso (36,6%), Pará (28,2%) e Roraima (19,8%). Então, agora, com os dados do Pará e do Mato Grosso entrando no sistema, teremos um Sinaflor ainda mais forte. O intuito é aperfeiçoar os mecanismos de rastreabilidade da origem da madeira, garantindo mais facilidade de acesso à informação”, afirmou o diretor.
Segundo João, a obrigatoriedade de utilizar o Sinaflor nos pedidos de supressão era só para os estados e Ibama. “Com os municípios entrando no sistema, qualquer exploração florestal vai ser registrada, o que vai permitir o fornecimento de estatísticas mais precisas em relação ao volume de madeira autorizada e a quantidade de área explorada, por exemplo”, detalhou.
O webinar, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), também contou com representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Serviço Florestal Brasileiro, da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará, da Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso e do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal.
Em seu discurso, o secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do Ministério do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro, destacou a importância da madeira nativa no Brasil e do manejo sustentável de baixo impacto.
“Este tipo de manejo, sim, protege a floresta. Nós temos que fomentar esta atividade e trazer mais credibilidade para a madeira nativa. A ideia é que ela tenha mais valor. Afinal, se ela for completamente rastreada, atrelado ao Ibama, que já tem um sistema bem robusto, que é o Sinaflor, consequentemente, teremos mais credibilidade para aumentar as exportações e trazer a atividade econômica para dentro da floresta, gerando mais emprego e renda, de uma forma legal”, defendeu Joaquim Álvaro.
Entre as novidades citadas pelo MMA para melhorar a credibilidade desta madeira nativa estão: o aprimoramento de processos de fiscalização (sempre revistos e digitalizados); a implementação de um aplicativo para monitorar o celular do caminhoneiro que transporta a madeira (o Documento de Origem Florestal - DOF, será escaneado e o percurso do caminhão será acompanhado); a vigilância por satélites do manejo no entorno (para verificar se há extração ilegal), e, “sendo detectado algo fora da normalidade, será possível autuar com mais facilidade; além do monitoramento dos engenheiros florestais, que assinam os planos de manejo”, acrescentou o secretário do Ministério do Meio Ambiente.
Assista ao evento no Youtube
Assessoria de Comunicação do Ibama