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Ibama acompanha soltura de aproximadamente 15 mil filhotes de peixes marinhos no Rio Grande do Sul
- Foto: Luís André Sampaio - Lapem/FURG
Brasília (24/12/2020) - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acompanhou a soltura de aproximadamente 15 mil filhotes de peixes marinhos miragaia ( Pogonias courbina, Pogonias cromis ) no mês de dezembro. Os alevinos foram reintroduzidos ao seu habitat natural em algumas regiões do Rio Grande do Sul: na orla da praia do Cassino e no estuário da Lagoa dos Patos (na ilha dos Marinheiros e na ilha da Torotoma), localizados no município de Rio Grande, e também nos municípios de Pelotas e São José do Norte.
Vale destacar também que esses juvenis de miragaia foram cuidados por uma equipe de mais de 20 pessoas, envolvendo profissionais, estudantes do Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, bem como bolsistas de iniciação científica dos cursos de Oceanologia e Biologia da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Além disso, a Divisão TécnicoAmbiental do Ibama no Estado (Ditec/RS) constatou a vitalidade dos peixes e a não ocorrência de mortalidade pós-soltura imediata.
A técnica que foi utilizada para a obtenção dessas larvas consiste no seguinte: os peixes marinhos (machos e fêmeas adultos) são capturados e transferidos para o Laboratório de Piscicultura Estuarina e Marinha da Universidade Federal do Rio Grande – FURG (Lapem). Lá, eles passam entre seis meses a um ano se aclimatando (ou seja, passam por processo de adaptação a novas condições climáticas, biológicas, naturais, etc.), são alimentados, passam por um controle de temperatura, de exposição a luz, para que as condições de laboratório sejam semelhantes com as condições do ambiente natural. Após esta climatização, eles desovam naturalmente em tanques de reprodução.
Outro ponto a ser enfatizado é que existe um tanque específico para cada fase desses alevinos de miragaia. Primeiramente, os ovos fertilizados foram acondicionados em tanques para a eclosão das larvas. Depois, eles foram transferidos para tanques de larvicultura com adição de alimento vivo, que gradualmente vai sendo substituído por alimento inerte. E, só após atingirem o tamanho adequado, é que eles são transferidos para os tanques de criação e engorda.
Segundo o responsável pelo Lapem, o oceanógrafo Luís André Sampaio, as larvas de miragaia são criadas até o estágio juvenil, pois é a fase mais adequada para o repovoamento do ambiente natural com esses habitantes nativos da região costeira e do estuário da Lagoa dos Patos.
Assessoria de Comunicação do Ibama