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Macacos não transmitem febre amarela. Denuncie agressões.
Brasília (16/03/2017) – Agredir ou matar macacos é crime ambiental e prejudica o trabalho de prevenção dos surtos de febre amarela. Além de não transmitirem o vírus, macacos são os primeiros a morrer com o contágio em ambiente silvestre, servindo de alerta para que sejam adotadas medidas de controle.
Ao encontrar um macaco morto ou doente, a população deve informar ao serviço de saúde do município, do estado ou ligar para o Disque Saúde (136), serviço do Ministério da Saúde. Ao receber o relato, técnicos avaliam se há possibilidade de coletar amostras para análise em laboratório e se a morte foi isolada ou atingiu um número maior de primatas.
A Lei n° 9.605/98 estabelece detenção de seis meses a um ano e multa para quem matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida. A pena é aumentada em 50% quando o crime é praticado contra espécies ameaçadas de extinção.
O surto de febre amarela representa uma grave ameaça a primatas da Mata Atlântica. O Ministério da Saúde foi notificado sobre 1.228 ocorrências que resultaram em morte de macacos de dezembro de 2016 até esta quinta-feira (16/03). Desse total, 386 foram causadas por febre amarela. De acordo com a pasta, cada ocorrência registrada pode envolver mais de um animal morto. O quadro é preocupante, pois parte significativa dos primatas do bioma está ameaçada de extinção, entre eles o Bugio, o Macaco-prego-de-crista e o Muriqui do sul e do norte.
A Linha Verde do Ibama recebe denúncias sobre maus-tratos a animais silvestres. Fotos e vídeos facilitam a investigação do crime e a identificação dos responsáveis.
Mais informações:
Febre Amarela - Informação e Orientação
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