Sobre o mexilhão-dourado
- Sobre o mexilhão-dourado
- O mexilhão-dourado e você: saiba o que fazer para não dar carona a esse bicho
2.1. Agricultores
2.2. Usuários de embarcações de qualquer tamanho
2.3. Pescadores - Eventos
- Arquivos
- Artigos e publicações científicas
- Projetos
- Links úteis
- Legislação
- Mais informações
- Contato
1. Sobre o mexilhão-dourado
O mexilhão-dourado é um molusco bivalve originário da Ásia. A espécie chegou à América do Sul provavelmente de modo acidental na água de lastro de navios cargueiros, tendo sido a Argentina o ponto de entrada. Do país vizinho chegou ao Brasil. Hoje a espécie já foi detectada em quase toda a região Sul e em vários pontos do Sudeste e Centro-Oeste.
Durante a fase larval, o mexilhão-dourado é levado livremente pela água ou por vetores (objetos que transportam a larva em sua superfície ou em seu interior) até que termina se alojando em superfícies sólidas, onde se fixa e cresce formando grandes colônias.
Por ter uma grande capacidade de reprodução e dispersão, além de praticamente não ter predadores na fauna brasileira, o mexilhão se espalha com rapidez, e por isso a espécie é considerada invasora. Pelos danos que causam, as espécies exóticas invasoras são consideradas “poluição biológica”. Estudos mostram que as invasões biológicas são a segunda maior causa de extinção de espécies, atrás apenas da destruição de habitats.
Dentre os prejuízos causados pelo mexilhão-dourado podemos citar:
- Destruição da vegetação aquática;
- Ocupação do espaço e disputa por alimento com os moluscos nativos;
- Prejuízos à pesca, já que a diminuição dos moluscos nativos diminui o alimento dos peixes;
- Entupimento de canos e dutos de água, esgoto e irrigação;
- Entupimento de sistemas de tomada de água para geração de energia elétrica, causando interrupções frequentes para limpeza e encarecendo a produção;
- Prejuízos à navegação, com o comprometimento de boias, trapiches, motores e de estruturas das embarcações.
2. O mexilhão-dourado e você: saiba o que fazer para não dar carona a esse bicho
A larva do mexilhão-dourado é muito pequena, e por isso invisível a olho nu. Ainda que ela possa nadar, a maior parte de seu deslocamento ocorre de modo passivo, quer dizer, ela é levada pelas correntes aquáticas, aderida em cascos, redes, conchas ou qualquer coisa molhada e até mesmo pela água do esgoto, podendo vir a contaminar locais que estavam livres do mexilhão.
Esta larva microscópica pode estar presente na água que você coleta e transporta mesmo sem perceber, como a que fica no sistema de refrigeração do motor do barco ou nos baldes de iscas vivas, podendo causar uma nova infestação, mais incômodo e prejuízo aos usuários dos recursos hídricos e à sociedade em geral.
A dispersão dos adultos é feita pelo seu transporte em cascos de embarcação, redes, conchas, galhos e outros objetos lançados ou presentes na água. Quando a concha está fechada, o mexilhão pode sobreviver bastante tempo fora da água.
Quase todas as atividades que envolvem a água de rios e lagos podem transportar esse mexilhão para outros locais, alguns ainda não contaminados. Depois que as colônias estão instaladas, é impossível erradicá-las com os recursos e os conhecimentos atuais. Por isso devemos evitar espalhar a contaminação. Como uma única larva microscópica pode contaminar um local, também é impossível que os órgãos públicos como a polícia e o Ibama fiscalizem a dispersão. Por isso é importante que todas as pessoas se esforcem para não dispersar mexilhões e informem seus amigos e conhecidos sobre este assunto.
2.1. Agricultores
Descarte a água de irrigação ou piscicultura no solo ou no mesmo corpo hídrico onde ela foi captada, de preferência acima do ponto de captação. Nunca descarte a água em outro rio, lago ou açude e nem na rede de esgoto. Isso vale também para a água de criatório de alevinos, tanques de reprodução ou qualquer água que não seja proveniente da rede de abastecimento de água tratada ou de poço artesiano. Se raspar incrustações de mexilhão-dourado de algum equipamento, enterre-as longe da água.
2.2. Usuários de embarcações de qualquer tamanho
- Examine periodicamente seu barco e raspe as incrustações que encontrar, enterrando-as longe da água;
- Retire a água acumulada no fundo do barco ou em outras partes do mesmo, descartando-a em terra firme;
- Lave a embarcação com solução de água sanitária antes de colocá-lo em outras águas.
2.3. Pescadores
- Se você pesca embarcado, tome os mesmos cuidados que os outros navegantes;
- Descarte a água das iscas vivas em terra, longe de rios, lagos e esgotos;
- Limpe os petrechos de pesca com solução de água sanitária caso vá usá-los em outro local.
3. Eventos
3.1. I Simpósio Brasileiro de Espécies Exóticas Invasoras
3.1.1. Apresentações
Título |
Palestrante | Instituição |
Sílvia R. Ziller | Instituto Hórus/TNC | |
A ciência das invasões biológicas - O papel do Homem e sua história |
Márcia Chame | Fiocruz |
Lídio Coradin | DCBio/SBF/MMA | |
- |
Guy Preston | Gisp/África do Sul |
Charlie Low | NZFRI | |
- |
Christina Whiteman | Ufra |
Efeitos da Fragmentação florestal Sobre o risco de epidemias causadas por espécies invasoras |
Rafael Monteiro Veríssimo | Fiocruz |
Avaliação de risco Uma ferramenta para o gerenciamento da água de lastro |
Andréa Junqueira | IB/UFRJ |
Introdução e impacto do mexilhão-dourado, Limnoperna fortunei, no Brasil |
Flávio Fernandes | IEAPM |
Maria Célia Villac | Unitau | |
Odete Rocha | UFSCAR | |
Gilson Consenza | Mapa | |
- |
Pat Bily | TNC/Havaí/EUA |
- | Nceba Ngcobo | The Working for water Programma South Africa |
Regina Vilarinho | Cenargen/Embrapa | |
Gutemberg Barone A. Nojosa | Mapa | |
- |
Ligia Maria Cantarino | Anvisa/MS |
Charlie Low | NZFRI | |
Global invasive Species initiative & university of California, Davis |
John M. Randall | TNC/EUA |
Guy Preston | Gisp/África do Su | |
- |
Cláudio Bock | Cepta/Ibama |
Yara Novelli | IO/USP | |
Espécies exóticas invasoras, legislação ambiental brasileira e o contexto internacional |
André Jean Deberdt | Ibama |
Sistema de informação sobre espécies exóticas invasoras em nível global |
Sílvia R. Ziller | Instituto Hórus/TNC |
Sérgio Zalba | Univ. Del Sur/Argentina | |
Sistema de informação sobre espécies exóticas invasoras na América do Sul |
Odilson Luis Ribeiro | Mapa |
4. Arquivos
Data | Item |
Informações do item |
2020 |
PDF - 27,1 MB |
|
2019 |
PDF - 4 MB |
|
2013 | PDF - 132 MB | |
2013 | PDF - 287 KB | |
2004 | PDF - 2,03 MB | |
2007 | PDF - 2,24 MB | |
2007 | PDF - 7,44 MB | |
2004 | PDF - 5,71 MB | |
2004 | PDF - 40,1 MB |
5. Artigos e publicações científicas
- MANSUR, Maria Cristina Dreher et al. Primeiros dados quali-quantitativos do mexilhão-dourado, Limnoperna fortunei (Dunker), no Delta do Jacuí, no Lago Guaíba e na Laguna dos Patos, Rio Grande do Sul, Brasil e alguns aspectos de sua invasão no novo ambiente. Rev. Bras. Zool. [online]. 2003, vol.20, n.1, pp. 75-84. ISSN 0101-8175.
- Delta do Jacuí, 2008
6. Projetos
- Água de Lastro
http://www.mma.gov.br/estruturas/conabio/_arquivos/apresentao_gua_de_lastro.pdf
http://www.institutohorus.org.br/download/midia/agualastro_mma.htm - Baía de Antonina/Complexo Estuarino de Paranaguá/PR
http://www.ademadan.org.br/home/?pg=4_1
http://www.sbzoologia.org.br/evento.php?idevento=99 - Eventos
http://xa.yimg.com/kq/groups/17568192/569350619/name/Resumos+-+1o.+Workshop+Invertebrados+L%C3%ADmnicos+Invasores+-+2010.pdf
http://www.agenciacosteira.org.br/
7. Links úteis
- CDB - Convenção sobre diversidade biológica
- MMA – Conabio - Câmara Técnica Permanente sobre Espécies Exóticas Invasoras (CTPEEI)
- MMA – Espécies exóticas
- Instituto Hórus de desenvolvimento e conservação ambiental - Apresenta ‘Características da invasão’ pelo Mexilhão-dourado, entre outras informações
- Referências bibliográficas
- Base de dados de espécies exóticas invasoras do Brasil
- Eletrobras Furnas disponibiliza informações e links relacionados à espécie
- Materiais educativos:
8. Legislação
Portaria Ibama nº 3.639/2018 |
Aprova o Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) no Brasil - Plano Mexilhão-dourado |
9. Mais informações
Para saber mais sobre espécies exóticas invasoras, acesse o site do Instituto Hórus: http://www.institutohorus.org.br/
10. Contato
Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas (DBFlo)
E-mail: cobio.sede@ibama.gov.br