Notícias
Hospital das Forças Armadas, em parceria com a Universidade de Goiás, cria laboratório para vigilância de arboviroses
Hospital das Forças Armadas, em parceria com a Universidade de Goiás, cria laboratório para vigilância de arboviroses
Brasília, 07/07/2021 – Com o objetivo de realizar a vigilância das Arboviroses, o Hospital das Forças Armadas (HFA), por meio da Diretoria Técnica de Ensino e Pesquisa (DTEP), em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), criou um laboratório sentinela, destinado a realizar teste molecular de RT-PCR para detecção e monitoramento das doenças causadas por este tipo de vírus. O projeto prevê ainda, a concessão de bolsas de estudos, mediante processo seletivo, nos programas de Pós Graduação da UFG, para os militares e servidores civis do HFA que desejarem participar da pesquisa. As inscrições estarão disponíveis até o dia 09 de julho de 2021 no site https://pos.icb.ufg.br/p/1149-processos-seletivos.
A Chefe da Divisão de Pesquisas da DTEP, Tenente-Coronel Adriana Pinheiro Ribeiro, esclareceu que as principais arboviroses presentes no cenário epidemiológico brasileiro são a Dengue, a Zika, a Chikungunya, a Febre amarela, a Febre Mayaro, a Febre Oropouche, a Febre do Nilo Ocidental e a Encefalite de Saint Louis. “As Forças Armadas estão presentes em todo o Território Nacional e em diversos países, essa capilaridade faz com que seja imprescindível, sobretudo para um hospital de alta complexidade, a capacidade de realizar diagnóstico de doenças infecciosas e doenças exóticas, muitas vezes com sintomatologias similares à outras.” Relatou Adriana.
Ainda, segundo a Tenente-Coronel Adriana Pinheiro, esse é o primeiro projeto de pesquisa na área de biologia molecular realizado pelo Hospital das Forças Armadas. “A parceria com renomadas Instituições de Ensino e Pesquisa do país permitirá a realização de inúmeros estudos, não só acerca das arboviroses, mas também de outros vírus.” Ressaltou.
Já a Chefe da Subdivisão de pesquisa Clínica, Tenente Leani Falcão destacou a importância da capacitação e treinamento dos membros da equipe que irá compor o laboratório. Esses profissionais ficarão aptos a utilizar o teste molecular de RT-PCR para detecção e monitoramento das arboviroses. “Essa técnica e esse projeto vão garantir que tenhamos ferramentas que permitam uma análise mais acurada e mais rápida dos resultados laboratoriais convencionais. A expectativa é capacitar, de forma contínua, outros militares para que trabalhem na plataforma.” Destacou.
A Professora Elizângela Silveira, da Universidade Federal de Goiânia, disse que está satisfeita com o andamento do treinamento e com a troca de tecnologia entre as instituições. “A experiência no diagnóstico molecular para o combate ao covid-19 foi muito importante para que a equipe já possua uma rotina laboratorial.” Ressaltou.
Os dados para pesquisa serão coletados de pacientes que procurarem o Hospital por se encontrarem com suspeita de dengue ou outras doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti. Funcionários do HFA e alunos da UFG ficarão responsáveis pela abordagem ao paciente no próprio Hospital, no momento da consulta, ou via telefone. E após consentimento prévio, o paciente participará da pesquisa por meio da coleta de amostras de sangue e demais informações disponibilizadas para o Laboratório.
Para o Ministério da Saúde (MS), Arboviroses são as doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela. A classificação "arbovírus" engloba todos aqueles transmitidos por artrópodes, ou seja, insetos e aracnídeos (como aranhas e carrapatos).
No Brasil, o exame para confirmação da infecção é o RT-PCR realizado em laboratórios de referência da rede do Sistema Único de Saúde (SUS), porém não disponível em grande escala. Na fase inicial da doença, as taxas de anticorpos IgM e IgG podem ser muito baixas, o que torna difícil a confirmação do diagnóstico.
Por ASP Rogério Santos
Fotos: SD Gustavo Costa
Assessoria de Comunicação Social do Hospital da Forças Armadas
Siga nosso Instagram: @hfasaude