Notícias
Central de Maqueiros: Transportando mais de 1.500 Vidas por mês
Brasília, 13/08/2021 – A Central de Maqueiros do Hospital das Forças Armadas (HFA), criada em 2018, e composta por militares das três Forças Armadas e tem um papel fundamental na rotina hospitalar. São os maqueiros que realizam o acolhimento inicial do paciente, sobretudo, em situações de emergência. Com formação teórica e prática, os militares selecionados para a tarefa manuseiam com precisão, técnica e presteza, macas, cadeiras de rodas e equipamentos de apoio, que, via de regra, contribuem para a sobrevivência dos enfermos. Por meio da agilidade destes militares no seu transporte, internamente na unidade de saúde, e em ambulâncias nos casos de transporte extra hospitalar. São aproximadamente 1.500 ações realizadas mensamente pela central, que vão desde o deslocamento de pacientes a manuseio de materiais de pronto atendimento.
Segundo a Chefe da Divisão de Enfermagem, Tenente-Coronel Rosana Trojan, o setor foi criado em 2018, com a destinação de militares para a nova atividade. Para a composição da equipe, a Divisão seleciona e capacita os futuros integrantes por meio de um curso com carga horária de 60 horas de aulas práticas e 60 horas de teórica. Ao final, os novos integrantes recebem um certificado que os habilita a desempenharem as atividades inerentes ao serviço de maqueiro até mesmo após deixarem o serviço ativo.
Trojan destacou ainda, que além do transporte de pacientes, a Central de Maqueiros apoia diversas atividades internas do hospital, tais como a entrega de medicamentos nos andares, de forma a permitir que os profissionais de saúde fiquem livres para o desempenho das suas atividades.
Além das atividades internas, os militares também estão preparados para comporem equipes nas ambulâncias, quando houver a necessidade de apoio no transporte de paciente de uma unidade hospitalar para outra. “Se eu tenho que fazer uma transferência extra-hospitalar, de um paciente que vai requerer uma força física a mais, além do médico ou técnico em enfermagem, disponibilizamos um maqueiro para auxiliar nessa locomoção”. Explicou Trojan.
A Tenente Coronel Trojan destaca que para compor a Central de Maqueiros, os militares devem preencher certos requisitos, tais como: cordialidade, empatia e bom relacionamento interpessoal, requisitos que, segunda ela, são essenciais para o desempenho da função. E conclui afirmando que “hoje a Central de Maqueiros se tornou um serviço essencial para o HFA”.
Os maqueiros permanecem na Central, em condições de serem acionados. Quando acontece a chamada, os profissionais de saúde avaliam a necessidade do transporte do paciente. Se for confirmada a demanda, os militares atuam com prontidão. Todo o procedimento é acompanhado por um profissional de saúde.
Segundo o Supervisor da Central de Maqueiros, Suboficial Marcos Paulo, os militares tornam-se aptos a exercerem a função por meio da capacitação em curso realizado no próprio Hospital. Curso este, ministrado por servidores civis e militares de diversas áreas do HFA. Marcos ressalva que a capacitação é feita constantemente e nela os componentes da equipe aprendem a transportar os pacientes com segurança. O curso, ensina a utilizar macas e cadeira de rodas no acolhimento inicial dos pacientes, “além de transmitir informações sobre segurança individual”, destacou o suboficial.
Marcos destacou ainda, que, durante a pandemia, a Central precisou se readequar a nova realidade, de forma que mantivesse a excelência no atendimento, com o menor risco de infecção possível. “Buscamos novas técnicas e a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI)”. Ressaltou.
O soldado Felipe Belmiro, que está no HFA há 1 ano, disse que ser selecionado para servir na Seção de Maqueiros despertou seu interesse pela atividade e ao mesmo tempo pela área de saúde, onde pretende seguir carreira profissional. Destacando que o seu sentimento de importância no auxílio a alguém com dificuldade de locomoção, Belmiro ressaltou orgulhoso: “Todo paciente que recebo, procuro tratar como se fosse um parente meu”.
Por ASP Rogério Santos
Fotos: SD Izaque Ripardo e SD Gustavo Costa
Assessoria de Comunicação Social do Hospital da Forças Armadas