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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Governo atinge marca de 700 serviços digitalizados em 17 meses e dobra número de acessos
O governo federal criou 130 novos serviços digitais desde o começo da pandemia de coronavírus no país, acelerando ainda mais a evolução da era do papel para a on-line no poder público. Como resultado, atingiu nesta semana a marca dos 700 serviços digitalizados desde janeiro do ano passado e dobrou, em um mês, o número de acessos ao Gov.br. Ao todo, em abril, 14 milhões de pessoas acessaram o portal único do governo, onde a população encontra os serviços públicos, acompanha o andamento de suas solicitações e obtém os resultados das demandas.
Os serviços mais acessados do Gov.br são, nesta ordem: inscrever-se no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal; solicitar Auxílio Emergencial de R$ 600 (Covid-19); solicitar o Seguro-desemprego; sacar o abono salarial; emitir o comprovante do Cadastro Único; obter a Carteira de Trabalho; consultar informações cadastrais no CPF; obter informações atualizadas sobre o coronavírus; obter benefícios do programa Bolsa Família, e cadastrar recurso relativo ao Seguro-desemprego.
A solução de serviços pelo celular popularizou-se entre pessoas como a diarista Glória Ferreira da Silva, 45 anos, mãe que cria sozinha duas meninas de 11 e 4 anos, dois gêmeos de 8 e um adolescente de 15, no bairro Recanto das Emas, periferia de Brasília. Ela recebeu em 25 de abril a primeira parcela do Auxílio Emergencial de R$ 600, no mesmo dia em que abriu a conta na Caixa.
“Pedi o Auxílio, criei a conta no celular e, depois de 30 minutos, já recebi o dinheiro e paguei as minhas contas. Estava tudo atrasado. Paguei água, luz, internet e pendências que tinha com pessoas da vizinhança. Deu uma aliviada boa”, relata Glória.
O Auxílio Emergencial de R$ 600 já foi pago a mais de 50 milhões de brasileiros vulneráveis, totalizando mais de R$ 30 bilhões distribuídos para o sustento das famílias. Há outra consequência direta desse serviço: 30 milhões de pessoas estão ingressando no sistema bancário.
No caso do Auxílio, tecnologias digitais permitiram em menos de 30 dias o cadastro, o cruzamento de dados e o pagamento de um apoio essencial neste momento de pandemia para trabalhadores informais e demais vulneráveis.
Acesso crescente ao Gov.br
O portal Gov.br e seu crescente acesso são indicadores de que a população opta cada vez mais pela forma on-line. Desde janeiro, foram contabilizados 12 milhões de novos usuários.
Os números de usuários em 2020, mês a mês: 4,6 milhões de diferentes pessoas em janeiro, 4,1 milhões em fevereiro, 6,7 milhões em março e 14 milhões em abril – 108% de aumento em relação ao mês anterior.
“A transformação digital é uma realidade no Brasil, pois a população brasileira é a quarta maior do mundo em número de usuários de internet. Nossa missão é utilizar a tecnologia para facilitar e agilizar de vez a vida das pessoas”, observa o secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro. “Trabalhamos para que os serviços públicos estejam 24 horas por dia, sete dias por semana disponíveis em todos os dispositivos, plataformas, aplicativos de mensagem e no portal Gov.br. A estratégia é que o governo esteja na palma da mão de todos os brasileiros, onde o cidadão estiver”, ressalta Monteiro.
Com os serviços digitalizados desde janeiro de 2019, a economia anual é de R$ 2,2 bilhões – R$ 1,4 bilhão dos quais para a população, que deixa de gastar com deslocamentos e pagamento de despachantes para contornar a burocracia e facilitar a solução de demandas.
A Secretaria de Governo Digital, órgão central da transformação digital do governo federal, contabiliza que os usuários já estão poupando 148 milhões de horas de burocracia por ano com esses serviços na forma on-line. É o equivalente a um dia inteiro de trabalho da população economicamente ativa da Grande São Paulo.
Estratégia de Governo Digital
A nova Estratégia de Governo Digital, publicada em 30 de abril, definiu a meta de 100% dos serviços do governo federal digitalizados até o final de 2022.
Com a aplicação da Estratégia, a estimativa é de economia de R$ 38 bilhões em cinco anos (de 2020 a 2025), com a eliminação do papel e da burocracia, locação de estruturas e manutenção dessa logística, contratação de pessoal para atendimento presencial, e redução de perdas com erros e fraudes em serviços públicos.