Em evento do G20, Esther Dweck destaca o potencial da Infraestrutura Pública Digital como ferramenta para serviços públicos mais inclusivos

Nos dias 18 e 19 de junho, participantes de diversos países se reúnem no Workshop Virtual: Governo Digital e Inclusão. Promovido pela presidência do Brasil no G20, o objetivo do evento é entender como as políticas e serviços governamentais digitais podem melhorar o relacionamento dos governos com os cidadãos, permitir serviços públicos de alta qualidade e alavancar as oportunidades da economia digital. 

Durante a abertura do evento, que aconteceu de forma on-line, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, pontuou que, atualmente, o mundo vive um momento crucial para todas as nações, que enfrentam um desafio comum: promover uma dupla transição – digital e verde – que seja centrada nas pessoas e seja capaz de reduzir as desigualdades dentro e entre os países. 

“O reforço das capacidades dos Estados para enfrentar os principais desafios do nosso tempo compreende um conjunto diversificado de políticas. Subjacente a todos eles, existe uma infraestrutura – o governo digital – que se torna um facilitador essencial para a prestação de serviços às pessoas e ao planeta”, pontuou a ministra. 

No âmbito do Grupo de Trabalho de Economia Digital (DEWG), o Brasil fez do governo digital uma de suas principais prioridades. “Consideremos, por um momento, as três prioridades da presidência brasileira do G20: inclusão social e combate à fome, à pobreza e à desigualdade; desenvolvimento sustentável; e a reforma das instituições de governação global”, afirmou Dweck. 

A ministra ressaltou, também, o potencial da Infraestrutura Pública Digital (DPI), como identidade digital e soluções de compartilhamento de dados, para serem ferramentas poderosas para tornar os serviços públicos mais inclusivos e centrados no usuário. 

“Abordar o tema do governo digital e da Infraestrutura Pública Digital, centrando-se nas componentes da identificação digital e da partilha de dados como facilitadores, é, portanto, essencial para promover a inclusão, melhorar a economia digital e gerar novas oportunidades de crescimento económico e desenvolvimento”, esclareceu a ministra. 

Como exemplo do compromisso brasileiro com o cenário de governo digital, a ministra da Gestão e da Inovação pontuou casos de sucesso do governo brasileiro. “Do lado brasileiro, apresentaremos alguns estudos de caso: uma ferramenta de identidade digital que possibilitou que 156 milhões de cidadãos brasileiros acessassem quase 5 mil serviços digitais (GOV.BR); um Cadastro Único de Cidadãos que apoia a execução de programas sociais (CadUnico); e um Cadastro Ambiental Rural (CAR) que monitora o uso do solo e o passivo ambiental de mais de 7 milhões de propriedades. Mas, o mais importante, estamos ansiosos para ouvir e aprender com outras experiências”, pontuou Esther. 

Debates internacionais 

Ao longo de 2024, o MGI estará à frente de diversos debates importantes para o país. Durante o workshop, a ministra Esther Dweck anunciou eventos internacionais que estão sendo organizados pelo MGI para possibilitar a troca de experiências entre os países. “Tenho orgulho de anunciar que o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos do Brasil sediará outros três eventos este ano, todos interligados pelo objetivo comum de moldar um mundo digital, inclusivo e sustentável. Em julho, será realizada, no Rio de Janeiro, a Conferência Estados do Futuro, no contexto do G20. Em novembro, serão realizados, em Brasília, o Congresso sobre Reforma do Estado e da Administração Pública (CLAD), bem como a Reunião Ministerial de Governo Digital da Rede de Governo Eletrônico da América Latina e do Caribe (Rede GEALC)”, disse. 

Workshop 

O Workshop virtual: Governo Digital e Inclusão, é uma das entregas prioritárias do “Governo Digital: construindo uma infraestrutura pública digital confiável e inclusiva”, grupo de trabalho de Economia Digital do G20. O evento é uma parceria do Ministério da Gestão com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).