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União cede área para revitalização de local histórico na Bahia
Brasília, 4/9/2006 - A Gerência Regional do Patrimônio da União na Bahia, da Secretaria do Patrimônio da União/Ministério do Planejamento transferiu para o governo da Bahia, área da União onde se localiza a Fortaleza de Morro de São Paulo. A cessão é para garantir a revitalização e preservação do local, que é patrimônio histórico e ponto turístico na cidade de Cairu, no sul baiano.
O contrato de cessão foi oficializado nesta segunda-feira (4.9) pelo procurador-Chefe da Fazenda Nacional na Bahia, Andrei Schrhamm de Rocha, e teve o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Para a gerente Regional do Patrimônio da União na Bahia, Ana Lúcia Vilas Boas, a cessão da área é um passo fundamental para a recuperação das estruturas físicas do Forte. As obras de revitalização e preservação no Morro de São Paulo representam um resgate da nossa história, disse ela ao considerar a reforma desse patrimônio um prêmio para a população local e os visitantes da região.
A Fortaleza do Morro de São Paulo conserva hoje 678 metros da sua cortina de muralhas e ruínas. A área protegida pelo Patrimônio Histórico Nacional é considerada um dos maiores conjuntos defensivos do Brasil, além de importante ponto turístico em razão de suas belezas naturais.
A construção do Forte teve início em 1630 com a finalidade de proteger a entrada de esquadras inimigas na chamada barra falsa da Baía de Todos os Santos - entrada estratégica para o Canal de Itaparica, até o atual Farol da Barra. Outra função do Forte era proteger o Canal de Tinharé, essencial no escoamento da produção dos principais centros da colônia (as localidades de Boipeba, Cairu, Camamu e Iatacaré) para o abastecimento da Capital, Salvador. Em 1728 iniciaram-se as obras de ampliação do Forte Velho. A construção foi concluída em 1730, acrescentando o Forte da Ponte e a cortina de muralhas ao conjunto defensivo. A vitória Lusitana sobre a esquadra do Almirante francês Villegaignon foi um dos episódios mais marcantes da história do Forte e da história colonial do Brasil. | |