A assessora de Participação Social e Diversidade do MGI e organizadora do Cine Bloco K, Daniela Gorayeb, enfatizou a relevância da parceria entre o MGI, o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), o Arquivo Nacional (AN) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para realização do festival. “Agradeço a todos os parceiros pela oportunidade de promover esta exibição, que busca revisitar e ressignificar este espaço, democratizando o acesso a esses conteúdos e filmes, completamente alinhados à perspectiva do Arquivo em Cartaz”, afirmou.

Durante a abertura do evento, a então diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto, destacou a importância do festival na preservação da memória nacional. “Iniciar a jornada desse evento ao lado de parceiros e parceiras de grande valor é uma maneira de celebrar, valorizar e, ao mesmo tempo, refletir sobre a necessidade de inovação, transformação e reposicionamento do Arquivo Nacional”, pontuou.

O superintendente regional do Arquivo Nacional no Distrito Federal, Henrique Cesar de Jesus Piccolo, ressaltou o papel do evento na promoção do acesso à memória nacional. “O tema 'Memórias da Terra em Filmes de Arquivo' nos permite celebrar a história, o patrimônio, as experiências e a oralidade dos povos indígenas, comunidades tradicionais, ribeirinhas, quilombolas, ativistas agroecológicos, ambientalistas e defensores das matas e florestas”, explicou.

Já o assessor de Participação Social e Diversidade do MPO e curador do Cine Bloco K, Anderson Quack, ressaltou a importância de políticas públicas voltadas à preservação audiovisual. “Com essa iniciativa, estamos crescendo e ajudando a popularizar o cinema nacional, que é tão grandioso e importante”, destacou.

Após a abertura, foram exibidos os curtas Zumvi - O Levante da Memória (2020), A Grande Enchente de 2024 e a Reconstrução da Justiça (2024).

Preservação audiovisual e de arquivos

No período da tarde, ocorreu a mesa de debate "Políticas de Preservação Audiovisual e de Arquivos", mediada pela assessora Daniela Gorayeb. Representando o diretor-presidente da EBC, Jean Lima, a diretora-geral da EBC, Maíra Bittencourt, apresentou o trabalho desempenhado pela instituição e pela Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), destacando a parceria com o Arquivo em Cartaz para a exibição de filmes na TV Brasil. “Nossa previsão é impactar uma população de 53 milhões de pessoas que poderão assistir à programação por meio desses canais, em mais de 2.500 municípios”, ressaltou.

A diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto, enfatizou a necessidade de engajamento social na preservação de arquivos nacionais. “Com esse alcance, o público terá a oportunidade de integrar uma rede de valorização do patrimônio documental presente não apenas nos arquivos públicos, mas também em acervos privados e comunitários”, afirmou.

Arquivo em Cartaz

Organizado pelo Arquivo Nacional, o Arquivo em Cartaz é um festival que promove a difusão e a preservação de acervos audiovisuais e sonoros desde 2002. Ao longo de suas edições, o evento se firmou como um espaço essencial para a valorização do cinema de arquivo, conectando pesquisadores, cineastas, estudantes e o público em geral à importância da memória audiovisual.

A 10ª edição do festival contará com uma programação diversificada, incluindo mostras de filmes, debates, oficinas e atividades educativas que visam ampliar a conscientização sobre a preservação e o uso criativo dos acervos históricos. Os eventos presenciais ocorrerão de janeiro a junho de 2025, em diversas cidades brasileiras, incluindo Rio de Janeiro, Brasília, Natal, São Cristóvão (SE), Porto Alegre e Santa Maria (RS), Manaus (AM) e Salvador (BA).

A programação completa e outras informações estão disponíveis no site oficial do evento.