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GESTÃO PÚBLICA
Esther Dweck defende ampliação da diversidade em seminário sobre liderança feminina na segurança pública
Ministra Esther Dweck fala sobre a inclusão das mulheres em espaços de liderança na área de segurança pública. Foto: Adalberto Marques (MGI)
A consolidação da democracia e da segurança no Brasil por meio da inclusão das mulheres em espaços de liderança, em conjunto com os homens, foi tema da abertura do seminário "Mulheres na Liderança por Um Brasil Mais Seguro", realizado na manhã desta terça-feira (17/9) no Palácio da Justiça. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, participou da mesa de abertura, ao lado de lideranças femininas, como a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (MIR), a secretária nacional de Enfrentamento a Violência contra Mulheres, Denise Dau, além do ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski e o secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo.
Esther Dweck lembrou os avanços do governo federal para ampliação da diversidade em papeis de liderança, mas que ainda há muito a ser feito, especialmente na segurança pública. “Temos percentuais muito baixos de mulheres nas áreas de segurança, especialmente nas altas patentes. A gente tem caminhado na direção, mas precisamos acelerar”, afirmou. Ainda segundo a ministra, a ampliação da diversidade não é apenas para aumentar a participação, mas também para melhorar a qualidade dos serviços públicos.
A ministra citou os cursos de formação de liderança ministrados pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) voltados a mulheres e pessoas negras, e agora mais um voltado a homens com o intuito de auxiliar na formação de ambientes saudáveis, antimachistas e antirracistas. “O presidente Lula me deu a missão de adotar a administração pública de ferramentas para fazer o Brasil mais justo, igualitário e próspero. Sem dúvidas, a maior força do país são as pessoas e formar pessoas para atuar na administração pública é uma das coisas mais nobres para que tenhamos melhores políticas públicas”, reforçou.
Outras ações do MGI citadas pela ministra para ampliação do protagonismo feminino, foi o Pacto pela Diversidade, Igualdade e Inclusão nas Estatais Federais e o Decreto nº 11.430/23, assinado em conjunto com o Ministério das Mulheres, que estabelece uma cota de 8% de vagas em contratos públicos para mulheres que enfrentam violência doméstica. “Essa normativa tem sido um símbolo para que os estados adotem o mesmo em suas políticas de contratações”, acrescentou.
O Seminário está alinhado às atividades da 1ª Edição do Curso "Mulheres na Liderança na Segurança Pública", promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que vai até sexta-feira (20), com representantes mulheres das Polícias Militares, das Polícias Civis, das Polícias Científicas, dos Corpos de Bombeiros Militares, das Polícias Penais, das Guardas Municipais de todas as unidades federativas, além da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
O ministro Ricardo Lewandowski agradeceu a participação de lideranças masculinas na importante discussão sobre igualdade de gênero trazida pelo seminário.“Os homens precisam participar ativamente desse processo. A constituição garante a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país e é preciso assegurarmos a igualdade material e promovermos a igualdade de modo ativo”, ressaltou.