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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
“O futuro é digital, mas também deve ser verde e inclusivo”, afirma Esther Dweck em evento da ONU
Ministra da Gestão representou o governo brasileiro no evento Cúpula do Futuro, promovido pela Organização das Nações Unidas, em Nova York, nesta segunda-feira (23/9). Foto: Divulgação
“O futuro é digital, mas também deve ser verde e inclusivo. Para isso, devemos impulsionar uma revolução digital justa e avançar na transformação das instituições públicas”, afirmou a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante a Cúpula do Futuro, em Nova York, nesta segunda-feira (23/9). No evento, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), a ministra representou o governo brasileiro no painel “Rumo a um futuro digital comum: fortalecer a inovação inclusiva e a cooperação para colmatar as lacunas digitais”.
Esther Dweck ressaltou que soluções inovadoras para a mitigação e adaptação às alterações climáticas, juntamente com a promoção da diversidade e da equidade, são essenciais para sociedades sustentáveis. “Reconhecendo o papel central da transformação digital em um desenvolvimento inclusivo e sustentável, o Brasil, sob a liderança do presidente Lula, está comprometido com uma tripla transição – digital, social e verde. Estes pilares devem compor uma estratégia para enfrentar as desigualdades sistêmicas tanto internas como entre os países”, reforçou.
A ministra detalhou que durante a presidência brasileira do G20, o governo focou na inclusão digital, compreendendo o seu papel vital para o crescimento econômico global e para o desenvolvimento regional. “Para promover a inclusão digital, temos de garantir uma conectividade significativa e acessível e desenvolver competências digitais que sejam cruciais para não deixar ninguém para trás”, salientou.
Esther Dweck destacou que o governo brasileiro fortaleceu o conceito de Infraestrutura Pública Digital (IPD), que integra dados e serviços às políticas públicas, como pagamentos digitais, identidades digitais e compartilhamento seguro de dados. Ela mostrou, por exemplo, como o Cadastro Único para políticas sociais (CadÚnico) e a nova Carteira de Identidade Digital, vinculada à plataforma GOV.BR, importantes exemplos de IPDs brasileiros, tiveram papel crucial durante o desastre natural no Rio Grande do Sul.
“O governo emitiu mais de 2,3 milhões de assistências financeiras, demonstrando o poder das ferramentas digitais na resposta a crises”, disse.
A ministra da Gestão também ressaltou a importância do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é uma infraestrutura pública digital verde, que combate o desmatamento, promove a restauração ambiental e protege os direitos das populações indígenas e comunidades locais. Em breve, o CAR também será integrado nas políticas do mercado de carbono.
A ministra também apresentou como o Brasil está engajado no desenvolvimento e uso responsável e ético da inteligência artificial. Ela apontou que o Novo Plano Brasileiro de Inteligência Artificial inclui o desenvolvimento de capacidades autônomas nesta área e o lançamento de um LLM (modelo de IA) em língua portuguesa, que respeite os direitos de propriedade intelectual e o patrimônio cultural, promovendo a IA nos cuidados de saúde, educação e transportes.
Dweck também ressaltou que nas discussões sobre Economia Digital do G20, o Brasil propôs o debate sobre o tema da integridade da informação. “Pela primeira vez, alcançamos um consenso de alto nível sobre a importância da transparência e da responsabilidade para as plataformas digitais e sobre a necessidade de promover um ambiente de informação resiliente e diversificado”, pontuou.
Por fim, a ministra reafirmou o compromisso brasileiro em promover um futuro digital justo e igualitário. “Estamos aqui para colaborar com outras vozes globais para garantir um planeta para todos. Juntos, devemos agir agora para um futuro digital sustentável e inclusivo”, finalizou.