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SEMANA DE INOVAÇÃO
Servidores discutem políticas do cuidado e da valorização dos mais vulneráveis
Secretária-executiva do MGI, Cristina Mori, participou da abertura da Semana de Inovação, na Enap, em Brasília. Foto: Washington Costa
Nesta terça-feira (29/10), o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a Escola Nacional da Administração Pública abriram os trabalhos da Semana de Inovação, que chega a sua décima edição com o tema “Novas Formas de Cuidar”. O evento reúne os principais especialistas do setor para promover debates e troca de experiências sobre iniciativas de uso de tecnologias, metodologias e processos que visam melhorar o serviço público brasileiro.
Segundo Cristina Mori, secretária-executiva do MGI, que participou do evento representando a ministra da Gestão, Esther Dweck, o governo do presidente Lula tem o compromisso de fortalecer as capacidades do estado para lidar com os desafios do cuidado, olhando para todos os brasileiros, principalmente os mais vulneráveis e que necessitam de políticas públicas robustas e desenhadas de acordo com suas realidades.
“O foco na ampliação da diversidade e na valorização de grupos sub-representados, como mulheres e pessoas negras, está no centro da nossa agenda de transformação do Estado. O desafio agora é re-imaginar o desenho das capacidades do estado necessárias para o enfrentamento dessas questões contemporâneas e emergentes”, defendeu Mori.
Estados do Futuro
A porta-voz contou que o MGI realizou, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Itamaraty, o evento “Estados do Futuro”, uma atividade paralela à reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Desenvolvimento do G20. O objetivo do evento foi justamente discutir como pensar e construir um Estado para o desenvolvimento no século XXI.
“O Estado do Futuro deve ser verde, digital e inclusivo, protegendo direitos e reduzindo desigualdades entre pessoas e entre países, em todas as suas dimensões. A atuação do Estado também será essencial para promover o interesse público no ambiente digital, fortalecendo o desenvolvimento tecnológico, direitos e infraestruturas públicas digitais. O Estado do futuro é redistributivo, sustentável, feminista, antirracista, anti-homofobia e transfobia, anti-capacista, e enfrenta todas as formas de discriminação”, argumentou Mori.
Transformação do Estado
O projeto de Transformação do Estado tem em um dos seus principais pilares o aumento da diversidade no setor público. O objetivo é produzir uma mudança de perspectiva nas políticas, trazendo novas soluções para antigos problemas, mas também redefinir os problemas, face à dramaticidade das questões climáticas, econômicas e geopolíticas.
Segundo a secretária, esses movimentos que fazemos são compreendidos como elemento estratégico para o aumento da produtividade do trabalho, da capacidade de inovação e da possibilidade de ter pessoas com diferentes perspectivas, diferentes vivências e com a capacidade de se aproximarem mais dos distintos desafios que acometem o desenvolvimento sócio-produtivo e ambiental.
“A valorização da diversidade, da equidade e da inclusão vai além do aspecto da dignidade humana, deve ser tratada como elemento estratégico de desenvolvimento, de qualificação e fortalecimento das capacidades estatais. Com isso em mente, o governo tem atuado para promover lideranças femininas, negras e indígenas”, assegurou.
CPNU
Quanto a ampliação da diversidade no acesso ao governo federal, Mori destacou a aplicação do Concurso Nacional Unificado em mais de 220 cidades do Brasil, permitindo que pessoas dos mais longínquos lugares pudessem saber que uma vaga no governo federal, para a execução do mais nobre trabalho de servir ao público, estava, finalmente, se apresentando para o seu alcance.
Além da imensa diversidade geográfica obtida, 56% das inscrições foram feitas por mulheres. Para Mori, ações de ampliação de acesso e de mobilidade no governo federal devem vir acompanhadas de políticas de permanência saudável e sustentável dessas pessoas em suas posições e ao longo de sua carreira e vida laboral. “Nesse sentido, é de fundamental importância a Instituição do Plano Federal de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação que tem a finalidade de enfrentar todas as formas de violências oriundas das relações de trabalho, em especial o assédio moral, o assédio sexual e a discriminação”, ressaltou a secretária.
“O Estado não pode, de forma alguma, testemunhar ou ser instrumento para exclusões, violências, marginalização ou discriminação. Estarmos guiadas pela busca de um Estado inclusivo e sustentável que coloca no centro o bem-estar humano, o respeito e o “cuidar” de toda forma de vida e sua capacidade de digna reprodução, para que o futuro a todos os seres vivos esteja garantido”, reiterou Mori.