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SEMANA DE INOVAÇÃO
Mesa na Semana de Inovação debate papel da transparência e do uso de dados na gestão de pessoas
Participantes conheceram o Guia de Transparência e Uso de Dados na Gestão de Pessoas durante a mesa redonda “Cuidar dos Servidores: Gestão de Pessoas no Setor Público com Dados”. Foto: André Corrêa
Na quarta-feira (30/10), a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) recebeu a mesa redonda “Cuidar dos Servidores: Gestão de Pessoas no Setor Público com Dados”, que explorou como a informação pode ser uma ferramenta essencial para apoiar os gestores de pessoas. O evento integrou a programação da Semana de Inovação 2024, que se estende até esta quinta-feira (31). Durante a mesa, foi apresentado o Guia de Transparência e Uso de Dados na Gestão de Pessoas, que propõe passos para implementar transparência e melhorar a gestão pública.
A mesa contou com as presenças da diretora de Governança e Inteligência de Dados da Secretaria de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (SPG/MGI), Mirian Bittencourt, da diretora executiva do Movimento Pessoas à Frente, Jessika Moreira, e de João Paulo Mota, sócio e diretor do Instituto Publix. As apresentações abordaram os principais conceitos, benefícios e desafios da governança, uso e transparência de dados sobre os quadros e lideranças públicas. Os participantes debateram o papel do uso de dados na área e na promoção da saúde e do bem-estar dos servidores, contribuindo para que eles atuem de forma sustentável, com resultados mais eficientes para a sociedade.
Mirian Bittencourt destacou o papel do uso de dados na transformação da gestão de pessoas no serviço público, citando o Observatório de Pessoal do Portal do Servidor como referência. O Observatório reúne informações como a Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos, o Painel Estatístico de Pessoal (PEP) e o Painel de Dados dos Currículos, todos fundamentais para a transparência e a tomada de decisões. “O conhecimento baseado em dados e evidências subsidia decisões mais assertivas e potencializa o cuidado com os servidores”, afirmou. Mirian lembrou ainda a metodologia People Analytics como suporte para resultados organizacionais por meio da gestão de pessoas. “Esse método permite compreender melhor os servidores e suas necessidades no ambiente de trabalho, ajudando na jornada de maturidade da gestão”, disse.
A diretora executiva Jessika Moreira defendeu que o uso dos dados como fonte fundamental de evidências para as políticas de gestão de pessoas, integradas às diretrizes, objetivos e valores do serviço público. "Quanto mais dados temos, maior a confiança dos servidores, que passam a saber com clareza como funcionam processos como seleção para cargos ou avaliações", explicou.
Em sua apresentação, João Paulo Mota falou das possibilidades da coleta e tratamento de dados para a gestão de pessoas no setor público. Segundo ele, dados qualitativos e quantitativos, com alinhamento de tecnologias, são essenciais para essa área. "Além dos dados brutos, precisamos de análise sistêmica, vendo como indicadores se conectam, e com insights gerados a partir desse trabalho", observou. Ele também assinalou o papel da comunicação para fazer a informação chegar às pessoas.
Guia de Transparência e Uso de Dados
Durante a mesa, a diretora Mirian Bittencourt apresentou o Guia de Transparência e Uso de Dados na Gestão de Pessoas no Setor Público, resultado do Grupo de Trabalho (GT) Transparência de Dados de Gestão de Pessoas no Setor Público, do Movimento Pessoas à Frente. A dretora do MGi foi uma das coordenadoras do GT.
O Guia destaca os temas “como ampliar a transparência e o uso de dados na gestão de pessoas no setor público”; “propostas para promover a transparência na gestão de pessoas”; e “um passo a passo para implementar a transparência na gestão de pessoas no setor público”. O Guia também estará disponível no Plano Nacional de Gestão e Inovação (PNGI), que oferece um pacote de serviços e soluções tecnológicas que otimizam a gestão pública em áreas estratégicas, como compras governamentais, transformação digital, gestão patrimonial, destinação de imóveis da União e cursos de capacitação para servidoras e servidores.
O programa tem abordagem colaborativa com os governos estaduais, identificando as necessidades e as melhores práticas. O MGI disponibiliza e apoia a implementação das ações pactuadas aos estados. Já os estados, com suas estruturas mais próximas dos municípios, replicam as iniciativas localmente. A troca de experiências gera resultados concretos, que contribuem para que os avanços na gestão pública não fiquem restritos a uma região e se espalhem por todo o Brasil.