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DEMOCRATIZAÇÃO DE IMÓVEIS
Democratização de bens públicos é tema de palestra da Secretaria de Patrimônio da União no XXIX Congresso do CLAD
Palestra “Desafios da Secretaria do Patrimônio da União diante da diretriz de democratização dos bens públicos com participação social e governança colaborativa”. Foto: André Corrêa
A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) marcou presença nesta quarta-feira (27) no 29º Congresso Internacional do Centro Latino-Americano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD), realizado em Brasília. A palestra “Desafios da Secretaria do Patrimônio da União diante da diretriz de democratização dos bens públicos com participação social e governança colaborativa” foi uma oportunidade para o MGI destacar as inovações e avanços promovidos pelo governo na gestão pública, especialmente no que diz respeito à transformação digital e à democratização do patrimônio público.
A apresentação contou com a presença de Carolina Gabas Stuchi, secretária Adjunta da SPU, Cassandra Nunes, diretora de Destinação de Imóveis da SPU, e Giulia Patitucci, gerente de Projetos do Programa Imóvel da Gente. As palestrantes abordaram conquistas e desafios da SPU, destacando a relevância da democratização do patrimônio público como ferramenta de inclusão social e fortalecimento da cidadania.
Para Cassandra, houve uma mudança na perspectiva sobre o patrimônio da União. “Neste governo houve uma redefinição do patrimônio da União, que deixou de ser visto apenas como uma fonte de arrecadação ou algo a ser vendido, para cumprir uma função socioambiental, atendendo às políticas voltadas para a população mais pobre”, declarou. Em sua fala, ela também revisitou a história da SPU, relembrando sua criação e sua evolução até os dias atuais.
Desde 2023, o governo federal, por meio do Ministério da Gestão, já beneficiou mais de 400 mil famílias com destinações alinhadas ao programa Imóvel da Gente, instituído pelo Decreto nº 11.929/2024. Durante a apresentação, as palestrantes enfatizaram a importância de promover a função social dos imóveis da União, garantindo que bens ociosos sejam destinados a políticas habitacionais, regularização fundiária e programas estratégicos.
A participação social também foi ressaltada como uma diretriz essencial para a gestão democrática do patrimônio público. Os Fóruns Estaduais de Apoio ao Programa, já instalados em 23 unidades da federação, exemplificam a integração entre governo e sociedade civil, promovendo maior transparência e controle social nas destinações de imóveis. “ A ideia de participação social é fundamental também. É muito comum receber as informações sobre os imóveis de um particular, de um interessado ou de um movimento social”, declarou a secretária adjunta.
Transformação digital e patrimônio público
O papel da transformação digital na gestão do patrimônio público também foi abordado durante a palestra. "Estamos avançando de forma acelerada. Até o final de 2024, teremos a demarcação de 46% do nosso litoral e de 30% das margens dos rios federais", afirmou Stuchi. Ela destacou os avanços significativos no uso da tecnologia para agilizar os processos de regularização e gestão de imóveis e explicou que inovações como o georreferenciamento e a transformação digital têm sido essenciais para expandir e otimizar processos.
Outro ponto importante abordado foi a modernização dos processos internos da SPU, com a implementação de ferramentas de georreferenciamento e inteligência de dados para a gestão dos imóveis sob sua responsabilidade. A secretaria tem utilizado essas tecnologias para otimizar a gestão e garantir maior eficiência na destinação desses bens Por meio de ferramentas digitais, a SPU tem conseguido avaliar de forma mais precisa os custos de manutenção dos imóveis, permitindo sua liberação para outras finalidades. "Estamos começando a entender como otimizar o uso dos nossos espaços físicos, calcular os custos de manutenção e, assim, liberar áreas para destinação a políticas públicas que necessitam de espaço e imóveis", declarou Stuchi. Ela acrescentou que os avanços tecnológicos têm sido fundamentais para potencializar a transformação do Estado.
Integrando as discussões do eixo temático sobre Participação e Governança Colaborativa no CLAD 2024, a SPU reafirmou seu compromisso com a construção de um Estado inclusivo e democrático, como destacou Giulia Patitucci. “A gestão do patrimônio da União deve ser pautada pela justiça social e pela sustentabilidade, garantindo que os bens públicos estejam a serviço da população”, afirmou.
Evento
A XXIX edição do Congresso do Clad está sendo realizada em Brasília e vai até amanhã (29). O evento é promovido pelo Clad em colaboração com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
Acesso as fotos: https://www.flickr.com/photos/gestaogovbr/albums/72177720322220186/