Notícias
CONCURSO NACIONAL
420 mil pessoas se inscreveram para cotas raciais no Concurso Público Nacional
Dos 2,144 milhões de candidatos inscritos no Concurso Público Nacional Unificado, liderado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, 420.793 solicitaram cotas raciais.
“Esse número não apenas demonstra a busca por oportunidades de ascensão profissional, mas também reflete a necessidade de políticas afirmativas para garantir a representatividade e a diversidade étnico-racial nos órgãos públicos”, defendeu José Celso Cardoso, secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
No Brasil, as cotas raciais no serviço público foram instituídas pela Lei nº 12.990, de 9 de junho de 2014. A lei estabeleceu a reserva de vagas para candidatos negros nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da Administração Pública Federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.
“Ao analisarmos a realidade da população negra no Brasil, fica evidente a importância de iniciativas que combatam a discriminação e promovam a equidade de oportunidades”, defendeu José Celso. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao censo demográfico de 2022, cerca de 92,1 milhões de pessoas (ou 45,3% da população do país) se declararam pardas. Foi a primeira vez, desde 1991, que esse grupo predominou. “Queremos um serviço público que reflita a diversidade da população brasileira e por isso o CPNU respeitou as legislações vigentes em relação às cotas e acrescentou, pela primeira vez, cotas também para indígenas”, explicou o secretário.
Comparativamente ao CPNU, não há registro de um concurso público com maior número de pessoas solicitando cotas raciais no Brasil. “Ainda precisamos caminhar muito no sentido de garantir que negros e perdos sejam representados nos cargos públicos em números proporcionais à sua população, mas o CPNU e a política de cotas raciais certamente representam avanços”, garantiu o secretário.
Acesse a página oficial do Concurso Nacional.