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RECONSTRUÇÃO
Força-tarefa do governo trabalha para garantir Auxílio Reconstrução para famílias do Rio Grande do Sul
Começou hoje (27/5) o prazo para confirmação das informações, pelas famílias atingidas pela calamidade que afeta o estado do Rio Grande do Sul, para recebimento do Auxílio Reconstrução. Para dar celeridade ao processo, uma equipe do Governo Federal tem trabalhado em força-tarefa, a fim de consolidar dados e acelerar o pagamento do auxílio que busca amparar as famílias vítimas das enchentes.
No último final de semana, equipes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI), Dataprev e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) se reuniram para estabelecer estratégias para garantir o pagamento do auxílio, que será efetuado em parcela única, no valor de R$ 5,1 mil, às famílias gaúchas. De acordo com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, o Governo Federal está mobilizado para atender às famílias o mais rápido possível.
“As nossas equipes, do Ministério de Ciência e Tecnologia, do Ministério da Gestão, trabalharam, mas, principalmente, as equipes do INPE e da Dataprev, (estão reunidas) para que a gente possa viabilizar o pagamento do Auxílio Reconstrução”, explicou Esther Dweck.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é o órgão responsável por monitorar o desmatamento dos biomas brasileiros e participa do monitoramento de diversas áreas do planeta, com a ajuda de mais de 270 satélites. Mas, em casos de desastre, como o enfrentado pelo Rio Grande do Sul, esses satélites são direcionados para o monitoramento da região afetada.
“O Brasil participa de uma instituição chamada Carta de Adesão Internacional, que tem 270 satélites monitorando várias áreas do planeta. Todas as vezes que têm desastres naturais, a gente direciona as imagens para aquela área. E, com isso, a gente tem uma maior precisão de qual é a mancha, qual é a área que foi inundada no Rio Grande do Sul, para possibilitar esse cruzamento por dados da Dataprev, e ser eficaz no atendimento às pessoas e às famílias que têm o direito ao auxílio”, informou a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos.
Mapeamento das áreas
De acordo com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, as áreas afetadas foram mapeadas pelo Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, para gerar informações capazes de auxiliar na identificação de todas as áreas e pessoas atingidas pelas enchentes. A partir disso, o INPE consolida os dados em um mapa, chamado mapa da mancha de alagamento. A partir disso, o INPE realiza um trabalho minucioso na análise das imagens para gerar informações para os programas federais e para a população.
Municípios
Ante a dimensão do estado de calamidade, o Governo Federal solicitou aos municípios atingidos a lista das ruas afetadas e as informações sobre as curvas de nível dos terrenos nas cidades. De acordo com os órgãos envolvidos no processo de consolidação de dados e informações, a localização dos endereços é georreferenciada e posicionada nos mapas das cidades. Dessa forma, é possível verificar se o domicílio está localizado na área atingida pela enchente.
“A gente pediu aos municípios do Rio Grande do Sul que enviassem pra a gente uma lista de ruas que foram afetadas. O trabalho da Dataprev é justamente transformar essa mancha, já referenciada, em endereços, para que a gente possa cruzar os dados com as famílias que foram atingidas”, explicou Dweck.
Esforço contínuo
O esforço do Governo Federal é contínuo e busca utilizar o máximo de informação possível para identificar todos as áreas e pessoas atingidas pelas enchentes. Para garantir o pagamento do auxílio, a Dataprev, empresa pública vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), disponibilizou, em uma semana, um sistema que permite às prefeituras listarem as ruas afetadas e o cadastro das famílias que ficaram desabrigadas ou estão desalojadas.
A partir dessas informações, a Dataprev cruza as informações das ruas, os endereços e nomes das pessoas que estão requerendo o benefício. No menor tempo possível, faz a conferência com outras bases e processa os dados, para definir com a melhor qualidade possível as pessoas que efetivamente têm direito.
“A Dataprev está fazendo um trabalho enorme no cruzamento de mais de 70 milhões de dados, para que o Governo Federal possa ter segurança e garantir àqueles que têm direito a receber o auxílio, o receba”, esclareceu a ministra da Gestão.