Notícias
G20
Empoderamento de mulheres é foco de Grupo de Trabalho do G20 com participação do Ministério da Gestão
Ministra da Gestão, Esther Dweck, e ministra das Mulheres, Cida Gonçalves participaram da reunião do Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres do G20. Foto: Adalberto Marques/MGI
Teve início hoje (13/5), em Brasília, a 2ª Reunião do GT de Empoderamento de mulheres do G20. No evento, estiveram presentes as ministras da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, e das Mulheres, Cida Gonçalves. Essa é a primeira vez que a reunião do grupo acontece de forma presencial. O Grupo de Trabalho Empoderamento de Mulheres do G20 é uma das grandes novidades do G20, criado durante a presidência brasileira.
A reunião, que acontecerá nos dias 13 e 14 de maio, debaterá temas prioritários como igualdade - autonomia e política de cuidados; enfrentamento à misoginia e às diversas formas de violência contra mulheres e meninas e justiça climática, com enfoque de gênero.
A ministra Esther Dweck ressaltou que, desde o grupo de transição, o Governo Federal vem buscando a ampliação da diversidade no serviço público. “O governo Lula, desde a transição, reconhece a necessidade de ampliação da diversidade na estrutura do governo federal. O Ministério da Gestão é voltado para fortalecer a administração pública e o Estado brasileiro na capacidade de fazer melhores políticas. E não há dúvida de que o aumento na diversidade e na proposta de gestão tem o papel central de melhorar a capacidade de fazer política”, explicou a ministra.
A ministra reforçou a importância do debate sobre questões de gênero e a participação das mulheres na estrutura da administração pública, pois a perspectiva de grupos diferentes ajuda a pensar a política sob um olhar mais efetivo.
“Reconhecer a presença, atuação e a liderança de mulheres, de pessoas negras, de pessoas indígenas, com deficiências e outros grupos tradicionalmente excluídos, à frente de pastas, é fundamental para melhorar a qualidade das políticas públicas emanadas do governo federal”, destacou a ministra Esther Dweck. “Pessoas com diferentes perspectivas, com diferentes vivências e com dedicação política aos temas, às demandas, às necessidades dos grupos específicos aos quais pertencem podem mudar o conteúdo das políticas públicas, torná-las mais adequadas e mais efetivas, uma vez que essas mulheres, as pessoas negras, pessoas com deficiência estão mais próximas da realidade das pessoas que devem ser alvos prioritários das políticas públicas. Sem isso, a gente continuaria tendo pessoas excluídas e as políticas nacionais não atingiriam os resultados esperados”, complementou.
Capacidade estatal
A ministra Esther Dweck explicou que, o Brasil enfrentou, nos últimos anos, uma estagnação na capacidade estatal. Para ela, encarar essas fragilidades e resgatar o potencial do país é prioridade do Governo Federal.
“O presidente Lula tem feito um trabalho importante no resgate da capacidade de atuação do Estado brasileiro, depois de alguns anos de desmonte e fragilização das capacidades institucionais. Infelizmente, essas fragilidades permitiram o aumento do desmatamento ilegal, dos conflitos armados, da formação e atuação de milícias, da propagação de fake news, do desmantelamento das redes de proteção social”, afirmou a ministra da Gestão.
De acordo com a ministra, ter essa diversidade no governo é muito relevante, pois, a partir da diversidade e elevada qualificação, é possível a ação do Estado, por meio de planejamento.
“Dessa forma, o fortalecimento do Estado e a ampliação da presença de mulheres na força de trabalho do Governo Federal estão diretamente ligados aos três eixos desse GT: justiça climática, autonomia econômica das mulheres e enfrentamento à misoginia e outras violências às mulheres com base na tecnologia. Com um Estado com uma força de trabalho caracterizada pela alta diversidade e pela elevada qualificação, será possível responder com planejamento e prevenção aos riscos associados à mudança climática, ao mesmo tempo que ocorre o incentivo a grupos de agricultura familiar e a povos indígenas e tradicionais, e à ciência para um desenvolvimento industrial que seja guiado por missões socioambientais”.
Crise climática
Em atenção a um dos eixos temáticos do debate, justiça climática, com enfoque de gênero, a ministra reforçou a importância da preocupação do Estado com questões climáticas e como os grupos minoritários se tornam mais vulneráveis, em situações dramáticas, como a vivenciada no Rio Grande do Sul.
“Sabemos da importância da ação e da presença do Estado em todas as situações, ainda que, muitas vezes, não fique visível para alguns setores da população em todos os momentos, mas apenas durante as crises, as tragédias, muitas vezes ligadas a situações dramáticas, como a gente está vivendo hoje no estado do Rio Grande do Sul, onde, infelizmente, por efeitos das questões climáticas, a gente tem visto uma situação praticamente sem precedentes na nossa história, com tantos impactos, principalmente com mulheres e meninas”, ressaltou.
G20
O G20 desempenha papel crucial na cooperação econômica internacional e na formulação de políticas globais. Com a presidência temporária do Brasil, o país tem a responsabilidade de liderar discussões e promover a colaboração em vários temas como desenvolvimento sustentável, comércio, mudanças climáticas e o combate à corrupção.