Notícias
AGENDA INTERNACIONAL
Esther Dweck reconhece CLAD como espaço para ampliar a igualdade de gênero e de raça
Ministra da Gestão durante reunião com membros do Centro Latino-Americano de Administração pelo Desenvolvimento (Clad), no Chile. Foto: Ascom/MGI
A ministra da Gestão e da inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, está cumprindo agenda no Chile, onde participa da reunião do Centro Latino-Americano de Administração pelo Desenvolvimento (CLAD), entidade que preside desde novembro de 2023. Dentre as pautas debatidas, está o fortalecimento institucional e ampliação das parcerias para o desenvolvimento de novos projetos, sobretudo na área de compartilhamento de boas práticas em gestão pública.
Durante reunião da mesa diretiva, os participantes fizeram análise panorâmica sobre o momento que o CLAD está vivenciando. Dentre os temas discutidos, Dweck ressaltou a importância de se debater e implementar políticas que ajudem a ampliar a igualdade de gênero e raça nas instituições públicas.
Na ocasião, os membros da mesa conversaram sobre o Memorando de Entendimento entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o CLAD - firmado em maio deste ano – que irá possibilitar o intercâmbio de conhecimentos para fortalecer as capacidades estatais e promover a troca de conhecimento. Dweck apontou a necessidade de mostrar aos países-membros como o CLAD pode ser capaz de ampliar as capacidades estatais.
Além da ministra Esther Dweck, o secretário de Governo Digital (SGD), Rogério Mascarenhas, a secretária adjunta da Secretaria Extraordinária para a Transformação do Estado (SETE), Celina Pereira, e o secretário de Gestão e Inovação, Roberto Pojo, compõem a comitiva brasileira.
Igualdade de gênero e de raça
Durante a agenda, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos se reuniu com a equipe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD no Chile). No encontro, a ministra pode conhecer mais sobre o Selo para Igualdade de Gênero nas Instituições Públicas, uma metodologia desenvolvida pelo PNUD, para apoiar e reconhecer esforços de organizações públicas, para avançarem na contribuição da igualdade de gênero dos países.
“A gente tem dialogado muito com o Ministério das Mulheres para ter uma área de governança pública na discussão de igualdade de gênero. Eu acho que essa ideia do selo pode ser um instrumento muito poderoso para reforçar isso dentro das instituições públicas”, disse a ministra.
A expectativa do MGI é apoiar a implementação do Selo na administração pública, já que ele envolve dimensões importantes, como planejamento e gestão para igualdade de gênero, ampliação da capacidade para igualdade de gênero, favorecimento a um ambiente de trabalho com mais igualdade e o desenvolvimento de métricas sobre o impacto dessas políticas públicas.
Transversalidade
Para a ministra Esther Dweck, do MGI, entender as pautas de igualdade de gênero e racial é um assunto que precisa estar em sintonia. São duas pautas importantes para o Brasil e para o presidente Luiz Inacio Lula da Silva, que, desde o início de seu terceiro mandato, elencou a temática como pauta prioritária para o país.
“Uma coisa que seria muito importante para o Brasil, seria se a gente conseguisse combinar as duas pautas. E a gente (Governo brasileiro) lançou algumas iniciativas, como, por exemplo, um Decreto junto com o Ministério da Igualdade Racial, que dispõe sobre a equiparação de cargos. Todos os cargos têm de ter, no mínimo, 30% de pessoas negras”, explicou Dweck.
O que é o CLAD
O CLAD é o Centro Latino-Americano de Administração pelo Desenvolvimento, criado em 1972 e respaldado pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Em sua constituição, o centro conta com países latino-americanos, europeus e africanos.
Com a missão de promover o intercâmbio de experiências entre governos, o CLAD visa à modernização da administração pública.