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RECONSTRUÇÃO
Esther Dweck esclarece dúvidas de ouvintes sobre o Concurso Público Nacional Unificado
Em entrevista, a ministra Esther Dweck esclareceu dúvidas sobre o Concurso Público Nacional Unificado (Foto Valter Campanato/Agência Brasil).
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, participou do programa de rádio Voz do Brasil, na quarta-feira (10/01), dia da publicação dos oito editais que oferecem oportunidades para preencher 6.640 vagas de 21 órgãos públicos do governo federal.
Dweck respondeu quatro perguntas dos ouvintes e explicou que a prova será realizada em um único dia, 5 de maio de 2024, em duas etapas (manhã e tarde), com a novidade de ser aplicada de modo pulverizado pelo país. Ao todo, 220 municípios receberão os candidatos, em 5.141 locais diferentes de realização da prova, que foi dividida em oito blocos, de acordo com a necessidade dos órgãos envolvidos.
Um dos objetivos é proporcionar condições iguais em todo o Brasil, para que as pessoas possam disputar as vagas da administração pública federal com deslocamento de até 100 quilômetros, no máximo.
Blocos
O modelo do Concurso Público Nacional Unificado adotou os blocos como divisões de conhecimentos específicos para cada área de atuação, e não para cada órgão ou ministério.
Por exemplo, as vagas para engenheiros estão concentradas no bloco de exatas, mas isso não quer dizer que os profissionais de engenharia aprovados irão todos para o mesmo órgão ou setor. Na realidade, órgãos diferentes, que precisam de engenheiros, irão avaliá-los pela mesma prova, para então selecioná-los para áreas distintas.
A ministra citou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como um dos órgãos que possui vagas em vários dos blocos, porque a necessidade de servidores abrange mais de um setor.
Esther Dweck ainda esclareceu que cada candidato precisa eleger um bloco que se enquadre à sua aptidão porque, mesmo tendo como objetivo uma determinada vaga, o indivíduo inscrito poderá concorrer a todos os cargos do bloco, contanto que ele faça essa escolha e tenha a formação exigida para o posto anunciado. Lembrando que há vagas que não exigem diploma para os campos de atuação.
Banco de aprovados
“Leia o edital com calma e saiba que teremos lives para explicá-los em detalhes. É importante entender que, ao escolher a ordem de preferência da vaga, dentro do bloco, quanto maior sua nota, maior a chance de ocupar o cargo desejado. Se não der a primeira opção, a pessoa poderá ainda ser chamada para as vagas abaixo da que selecionou”, elucidou a ministra.
Dweck acrescentou outra inovação dentro da proposta do CPNU: no mesmo dia da publicação dos editais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou um decreto que altera o cadastro reserva do concurso, para que haja um banco de excedentes. O objetivo é atender a demanda dos órgãos, que é maior do que as 6.640 mil vagas anunciadas.
Isto é, uma pessoa aprovada para uma vaga, que não é a de preferência inicial, continua no banco de candidatos. Se abrir espaço e houver nota o suficiente do candidato (a), ele (a) pode subir para a vaga almejada, mesmo tendo assumido outro posto. Isso faz com que o banco de candidatos possa convocar substitutos para a vaga, durante a vigência do concurso, que será de doze meses, prorrogável por mais doze, após a publicação.
“A vigência prevista pode ser prorrogada por mais um ano. Há uma grande demanda nos órgãos e não aprovamos todas as vagas necessárias. Haverá um pedido dos ministérios para que a gente chame mais gente, porém é uma decisão de que depende de orçamento”, declarou a ministra.
Antes de encerrar a entrevista, a ministra afirmou que os critérios para desclassificar um candidato incluem não acertar 40% das provas objetivas, tanto a geral quanto a específica, e que a prova discursiva, assim como a redação para a prova de quem tem até o ensino médio completo, não pode ser zerada. Para as provas que exigem formação específica, o candidato perderá a vaga se não comprovar que possui diploma.
Confira aqui a entrevista completa.