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TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO
Gestão apresenta balanço de ações na 4ª reunião da Câmara Técnica de Transformação do Estado
Ministra da Gestão, Esther Dweck, participou da 4ª reunião plenária da Câmara Técnica de Transformação do Estado. Foto: Adalberto Marques/Ascom MGI
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) promoveu nesta quarta-feira (4/12) a 4ª reunião plenária ordinária da Câmara Técnica de Transformação do Estado, criada no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (“Conselhão”). Os principais pontos da agenda foram o lançamento do documento “Um Estado inclusivo, democrático e efetivo a serviço da população brasileira”, com objetivo de ampliar o debate público sobre as transformações necessárias para a modernização do Estado; e a apresentação da atualização sobre ações e entregas do MGI, com destaque para as áreas de serviços compartilhados; patrimônio da União; relações de trabalho, compras públicas; formação e desenvolvimento de agentes públicos e governança de dados.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, destacou os avanços obtidos pelas diversas frentes de ação do órgão na construção de um país democrático, em um Estado de bem-estar social comprometido com a população. Segundo apontou a ministra, prover meios para que a população sinta que a vida está melhorando, que a desigualdade está diminuindo, é elemento fundamental para reforçar a democracia. “Em 2024, tivemos momentos importantes para refletir sobre o Estado que queremos, como fazer esse processo de transformação e garantir de fato a capacidade do Estado de atuar no desenvolvimento inclusivo, verde e, obviamente, digital”, disse a ministra.
Esther Dweck lembrou de avanços de discussões sobre gestão ao longo deste ano não apenas no cenário doméstico, mas também internacional, com debates protagonizados pelo Brasil perante o G20 e na 29ª edição do Congresso Internacional do Centro Latino-Americano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD). Ela advertiu que é importante pensar não só “no que fazer”, mas também em “como fazer”, ao lembrar do papel-chave da gestão para fazer avançar iniciativas meritosas de escala global, como as de combate à fome e à pobreza e de taxação dos super-ricos.
Na reunião desta quarta-feira, o MGI também realizou a entrega de diversas publicações, com destaque para o lançamento do documento “Um Estado inclusivo, democrático e efetivo a serviço da população brasileira”. O documento propõe um processo de transformação da Administração Pública orientado à construção de um Estado mais inclusivo, democrático e efetivo, em diversas frentes de atuação. Essas frentes envolvem desde o fortalecimento do serviço público de modo a dotá-lo de um quadro profissional cada vez mais competente e representativo, ao fortalecimento das capacidades das empresas estatais, e à estruturação de parcerias com os entes federativos para potencializar os resultados das políticas públicas.
Também foram apresentados o relatório do evento paralelo do G20 State of the Future; e o relatório "Estado, democracia e desigualdade: uma perspectiva latinoamericana", lançado no Congresso do CLAD; além do guia sobre a Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP).
Além de destacar os resultados obtidos, a ministra falou sobre próximos passos a serem cumpridos, como avanços na discussão sobre compras públicas. "Queremos discutir boas práticas, focadas no desenvolvimento produtivo, econômico e inovação", afirmou. Outra linha de atuação será no aperfeiçoamento da governança das empresas estatais. "Estamos reorganizando dentro do governo o processo de acompanhamento das estatais, que estava muito pulverizado", apontou Esther Dweck. Tanto em compras públicas como na governança das estatais, há conversas e parcerias com a China, para promover avanços e troca de expertise.
Câmera Técnica
A Câmara Técnica faz parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o "Conselhão" e constitui um espaço para discutir medidas relacionadas à transformação do Estado, visando à redução das desigualdades e à promoção do desenvolvimento sustentável, digital e inclusivo, com foco na ampliação de capacidades estatais e na melhoria da entrega de serviços públicos à sociedade.
Criado por lei em 2003, o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável teve uma exitosa experiência em seus mais de 15 anos de existência, até ser extinto em 2019. O novo Conselho que foi recriado no início de maio do ano passado ganhou em seu nome o termo "Sustentável", para chamar atenção sobre a potencialidade ambiental do país no atual cenário de mudanças climáticas.
A recriação do Conselho fortaleceu as instituições e a democracia brasileira, contribuindo para a representação da sociedade brasileira, em sua complexidade, heterogeneidade e diferentes visões de mundo no processo de formulação de políticas e diretrizes voltadas ao desenvolvimento econômico-social sustentável. Tradicionalmente foi integrado por representantes da sociedade civil de diversos segmentos, em uma composição ampla e plural. No novo formato, tornou-se ainda mais representativo da sociedade, contando com cidadãs e cidadãos de diferentes grupos e classes sociais, com aumento da participação feminina e maior busca por diversidade étnico-racial e territorial.