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COMBATE À CORRUPÇÃO
“Um Estado efetivo que transforme a vida das pessoas também precisa ser um Estado íntegro”, defende ministra Esther Dweck
Ministra da Gestão, Esther Dweck, e ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, durante o lançamento do Plano de Integridade e Combate à Corrupção do Governo Federal, nesta sexta-feira (13/12). Foto: Adalberto Marques/MGI
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, participou nesta sexta-feira (13/12), do lançamento do Plano de Integridade e Combate à Corrupção 2025-2027, um documento estratégico que marca um avanço significativo no enfrentamento à corrupção no Brasil. O plano foi desenvolvido de forma participativa pela Controladoria-Geral da União (CGU), com apoio do Ministério da Gestão e outros 34 ministérios, 11 agências reguladoras, Polícia Federal, Banco Central, Comissão de Ética da Presidência (CEP), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), entre outros órgãos.
Esther Dweck destacou que o Plano dialoga com o esforço cotidiano da consolidação da integridade organizacional do próprio Ministério da Gestão, mas amplia seu escopo, com uma série de ações que irão impactar de forma ampliada a Administração Pública, não apenas na esfera federal. Nesta primeira versão do plano, a pasta da Gestão colabora com 13 das mais de 260 ações.
“Como no MGI fazemos a defesa do fortalecimento da capacidade do Estado para que ele possa fornecer melhores serviços públicos à população, sabemos que combater à corrupção é parte dessa ação. Um Estado efetivo que transforme a vida das pessoas também precisa ser um Estado íntegro”, defendeu a ministra.
Entre as ações do MGI presentes no plano, a ministra ressaltou iniciativas como a expansão e o aprimoramento das plataformas TransfereGov e ObrasGov, essenciais à gestão eficaz e transparente dos repasses de recursos, notadamente aqueles destinados às obras públicas e ao acompanhamento do PAC nos estados e municípios. Também está previsto o aprimoramento da transparência e da qualidade dos dados relativos às contratações públicas, com a evolução e ampliação da usabilidade do Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP);
Também se destacam entre as iniciativas o aprimoramento dos requisitos de segurança do login único GOV.BR, para maior confiança do cidadão no acesso aos serviços públicos digitais, além da implementação da plataforma nacional de dados biométricos e biográficos da pessoa natural, por intermédio da Carteira de Identidade Nacional (CIN). Essa ação tem potencial para reduzir fraudes e erros nos cadastros que sustentam a execução de políticas públicas.
Ao falar do Transferegov e do Obrasgov, a ministra ressaltou a importância do “fortalecimento desses sistemas para que eles sejam capazes de prevenir atos de corrupção”, e acrescentou que também “na área digital, está previsto um fortalecimento do login do GOV.BR, que dá acesso a mais de 4 mil serviços digitais”. E na área de gestão, citou o Colaboragov, que administra 13 ministérios, como uma ação que ajudou a profissionalizar o fornecimento de serviços administrativos.
Durante o lançamento, o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, destacou a contribuição da sociedade civil, com a participação do Conselho de Transparência, Integridade e Combate à Corrupção (CTICC), além de especialistas e entidades do setor privado. “Este plano reforça nossa capacidade de atuar no combate repressivo à corrupção, mas também vai além: ele promove uma abordagem integrada e estratégica, envolvendo diferentes níveis de governo e setores da sociedade”, afirmou o ministro da CGU.
De acordo com a CGU, o documento reflete um esforço coletivo sem precedentes. Mais de 50 especialistas e 100 entidades do setor privado contribuíram diretamente com sugestões. “Este é o plano mais participativo já elaborado pela CGU. Ele demonstra que o combate à corrupção não é tarefa de um único órgão, mas um compromisso que envolve governo, sociedade civil e setor privado. Apenas com essa união podemos avançar em direção a um Brasil mais íntegro e transparente”, destacou o ministro.
Eixos Estratégicos
O Plano é estruturado em cinco eixos estratégicos: Controle da Qualidade do Uso dos Recursos Públicos; Integridade nas Relações Estado-Setor Privado; Transparência e Governo Aberto; Combate à Corrupção; e Fortalecimento Institucional para a Integridade. Ao todo, foram definidas 260 ações, que serão monitoradas semestralmente pela CGU para assegurar sua implementação.
No eixo Transparência e Governo Aberto, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, ressaltou o trabalho de divulgação das empresas beneficiárias de isenções tributárias que está sendo feito. "O governo abre mão de mais de R$ 500 bilhões por ano em renúncias fiscais e a transparência em torno delas é importante não só para os gestores, mas para que a sociedade saiba o que ela está custeando", ponderou.
O Plano dedica 49 ações estratégicas exclusivamente à repressão da corrupção, incluindo operações integradas entre órgãos como a CGU, Polícia Federal e CADE, que resultaram, em 2024, na realização de mais de 40 operações especiais. Além disso, o plano abarca ações preventivas, como o aprimoramento da transparência pública, fortalecimento da integridade nas relações entre o setor público e privado e uso de tecnologia avançada para identificar e coibir práticas ilícitas.
Monitoramento e resultados esperados
A CGU será responsável pelo acompanhamento das ações previstas, publicando relatórios periódicos que garantirão a transparência no andamento do plano. O objetivo é assegurar que cada iniciativa resulte em políticas públicas mais eficientes, com impacto direto na melhoria da vida dos cidadãos.
“O combate à corrupção não é apenas sinônimo de repressão, mas também de garantir que os recursos públicos sejam bem aplicados e cheguem a quem mais precisa. Esse é o compromisso do governo do Presidente Lula com a população brasileira”, concluiu o ministro Vinícius Marques de Carvalho.
Acesse a página sobre o Plano de Integridade e Combate à Corrupção 2025-2027
*Com informações da Assessoria de Comunicação Social da CGU