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AUDIÊNCIA PÚBLICA
Na Câmara, Ministério da Gestão detalha processo de reestruturação das carreiras da Educação
Secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Jr, durante audiência pública na Câmara dos Deputados
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) esteve presente nos debates promovidos nesta terça-feira (16/4) pela Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, na ação de mobilização de servidores de universidades e Institutos Federais por reajuste salarial. O secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Jr., relembrou o diálogo permanente do governo com a categoria e afirmou que o governo apresentará na próxima sexta-feira (19/4) uma proposta específica para o setor da Educação.
“A gente espera conseguir oferecer uma proposta suficiente, ou próximo disso, para fechar o acordo. Porque é óbvio que a gente considera a greve legítima, em um contexto democrático. Mas é óbvio também que é preciso reconhecer o esforço que está sendo feito pelo governo para dar prioridade e, mais do que isso, centralidade política para esse tema; coisa que raramente aconteceu na história do Brasil”, afirmou José Celso Cardoso Jr.
O secretário do MGI destacou o compromisso firme do atual governo com o diálogo, ao lembrar da reabertura da Mesa Nacional de Negociação Permanente, ainda no início de 2023 e a criação das mesas específicas para tratar temas e especificidades das diversas carreiras do setor público. “É muito importante manter essa conexão direta de comunicação do governo com a sociedade por meio dos canais institucionais existentes. E com o governo respeitando o direito de greve, encarando as negociações com a maior seriedade e compromisso”, destacou.
O secretário de Gestão de Pessoas do MGI reconheceu que a reestruturação de carreiras na área de Educação é uma pauta antiga e complexa da categoria, além de necessária. Assegurou que as mudanças serão feitas, mas alertou que “não é pouca coisa”, por envolver aspectos não apenas orçamentários, mas também técnicos, relativos à forma de organização e funcionamento da carreira. “É uma discussão complexa, uma discussão que não se esgota no curto prazo”, afirmou.
“Na sexta-feira o governo vai apresentar uma proposta muito convergente com o que saiu do relatório do Grupo de Trabalho, que tem o respaldo das entidades que estavam ali presentes”, afirmou José Celso. Ele levantou também a importância de os servidores federais da Educação aproveitarem o alto grau de mobilização registrado atualmente, pelo momento de greve, “para avançar os debates sobre outros temas, além da pauta salarial dos servidores e além da pauta da própria Educação”, concluiu.
Grupo de Trabalho
O Grupo de Trabalho mencionado pelo secretário do MGI foi formado por representantes dos Ministérios da Educação e da Gestão, das universidades e demais instituições de ensino, além das entidades sindicais que representam os servidores do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). Em 27 de março, o relatório final do Grupo de Trabalho que debateu a reestruturação do PCCTAE, que trabalham nos institutos e universidades federais, foi entregue oficialmente à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e ao ministro da Educação, Camilo Santana.
O PCCTAE contempla um vasto contingente de servidores alocados nos institutos federais técnicos e tecnológicos e nas universidades federais, em todo o país. Criado em 2005, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o plano deveria ter passado por atualizações nos governos seguintes, o que não foi feito. O relatório do GT serviu como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação.