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TRANSPARÊNCIA ATIVA
Hackathon 2023: projeto de transparência ativa é o ganhador da edição deste ano
O projeto proposto pela equipe Bottom line, dentro do desafio de transparência ativa em processos administrativos em aderência à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), foi o vencedor em primeiro lugar do Hackathon 2023 – edição especial Hack Gov.br. Após 32 horas de imersão na competição, neste sábado e domingo, o anúncio foi realizado pela organização da Dataprev, nesta segunda-feira (23), no auditório do edifício-sede da empresa, em Brasília (DF).
Com o tema central de um governo digital mais inclusivo, as cinco equipes apresentaram hoje os desenhos das soluções desenvolvidas nos últimos dois dias aos jurados. O projeto vencedor consiste em um ecossistema de dados – onde as informações inseridas na infraestrutura nacional de dados sejam tratadas para atender aos cidadãos de forma transparente, por meio de um chatbot (atendente virtual). O diferencial do chatbot seria ter uma comunicação de linguagem natural e as informações não estariam em silos em cada órgão. E, sim, de forma integrada.
“A gente já tinha uma inquietação nas soluções que fazemos hoje em dia. E foi essa inquietação que nos trouxe aqui e ver que conseguimos contribuir de outra forma com uma proposta, pensando fora da caixa, é muito gratificante. E todos os outros projetos apresentados foram muito bons e trazem valor para a sociedade. Independente do resultado, saímos daqui com sentimento de dever cumprido. Traz muita alegria para nós, porque viemos com essa motivação e saímos daqui com a certeza de que a semente foi plantada”, pontuou Filipe Marques da equipe Bottom line. O grupo é composto também por Rodrigo Almeida, Fúlvio Silvestre e Rafael Lelis. Eles participarão do evento Web Summit, em Portugal – um dos prêmios previstos na competição.
Já Rafael Lelis destacou o espírito colaborativo do Hackathon. “Experiência bem interessante, não imaginava que era dessa forma. Achei que ia ter aquele caminho de competitividade, de um ficar olhando para a solução do outro e não. Foi bem legal. Um clima de cooperação bem interessante. Tivemos uma ideia inicial, mudamos o mindset e chegamos até a ideia escolhida. Fomos felizes na mudança”, explicou.
“A equipe conseguiu transformar o desafio em algo que gera um valor gigantesco para a sociedade. Esse é o verdadeiro efeito da sinergia e do papel da transformação que a tecnologia da informação é capaz de prover na sociedade brasileira”, contou o mentor do grupo vencedor Bottom line, Pedro Moreira da Secretaria de Gestão e Inovação (SEGES/MGI).
A edição especial do Hackathon também inovou no quesito de avaliação das iniciativas. Foi a primeira vez em que as juradas foram todas mulheres. Pelo MGI, participaram a diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães, e a secretária adjunta de Governo Digital, Luanna Roncaratti. Pela Dataprev, estiveram presentes as superintendentes Marjorie Bastos (Planejamento Estratégico) e Marina Veloso (Produtos de Trabalho, Fazenda e Assistência Social).
Em segundo lugar na maratona ganhou a equipe InovAÍ, composta por Thiago Monteiro Prota, Micheline Pereira, Amaury Teofilo Brasil Filho, Lívia Maria Rocha de Vasconcelos. Já em terceiro lugar, foi a Social Thinkers, com Edemar Antonio dos Santos, José Wagner Alves, Fábio Akira Hashiguchi e Jaqueline Castagnaro.
Dinâmica da competição
No fim de semana, as equipes competidoras foram acompanhadas pelos cinco mentores do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). As orientações foram feitas individualmente com cada grupo. São eles: Ildeney de Sousa Barbosa; Luciene Sicuti Damazo (SGD); Pedro Correia de Siracusa; e Pollyanna Carla Oliveira Dias da Secretaria de Governo Digital (SGD). Já pela Secretaria de Gestão e Inovação (SEGES), esteve presente o Pedro Moreira. Pela Dataprev, o time do Departamento de Inovação (DEIN) da empresa da Diretoria de Tecnologia e Operações (DIT) – área organizadora do Hackahton – também monitorou as 32 horas de maratona.
Os desafios envolveram as seguintes premissas: plataforma gov.br; serviços aos cidadãos; letramento digital; comentários serviços – Portal Gov.br; transparência ativa; migração de processos administrativos; esclarecimento de serviços públicos; prazos de processos; esclarecer regras de serviços; incentivo ao consumo de serviços públicos e de serviços digitais; comunicação; e notificações ao cidadão.
Os critérios de avaliação dos projetos incluíram: criatividade, inovação, experiência do usuário, qualidade do protótipo, da documentação e viabilidade de negócio.
Soluções Dataprev criadas em Hackathon
De acordo com o gerente do Departamento de Inovação (DEIN), William Veronesi, os projetos ganhadores da competição passarão por uma avaliação de prioridade junto ao cliente para que possam ser implantados. “As iniciativas propostas pelos times que avançaram de fase também passarão pela esteira de inovação com objetivo de serem avaliadas. Todas elas possuem o DNA da empresa que é o de buscar soluções tecnológicas que propiciem mais inclusão digital para a população brasileira”, detalhou.
Veronesi ainda exemplificou que a prova de vida digital – comprovação de que o cidadão está vivo e pode continuar recebendo seu benefício previdenciário; além de novas funcionalidades/evoluções nos aplicativos da Carteira de Trabalho Digital e do Meu INSS – ambos desenvolvidos pela Dataprev – também fizeram parte do portfólio de projetos da empresa criados no Hackathon e que beneficiam diretamente o cidadão brasileiro.
“A experiência de acompanhar os maratonistas no Hackathon 2023 foi muito gratificante e inspiradora. O engajamento das equipes e as soluções propostas em resposta aos desafios apresentados pelo MGI nos motivam a pensar fora da caixa e reforçam o nosso compromisso em prover soluções digitais para o exercício da cidadania. Quem mais ganhou com este evento foi a sociedade brasileira que poderá se beneficiar futuramente com uma melhor experiência digital junto ao governo", reforçou o superintendente de Estratégia Tecnológica, Gustavo Hoyer.
Oitava edição
Foram inscritas no Hackathon deste ano 17 equipes, das quais cinco foram classificadas para a competição final. É o oitavo ano consecutivo da iniciativa. A Secretaria de Governo Digital do MGI foi responsável por mapear os desafios de acordo com os objetivos que norteiam a transformação digital do Brasil.