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GOVERNO DIGITAL
Dataprev e Serpro realizam oficina com empresas de processamento de dados do país
“Estou convencido de que a grande tarefa de toda TI pública do país é estruturar a infraestrutura nacional de dados. Essa infraestrutura é basicamente a principal ferramenta e infraestrutura do século 21. Todas as sociedades estão buscando, estruturando e o Brasil já construiu uma quantidade gigantesca de peças. Agora, precisamos constituir efetivamente essa rede que poderá sustentar as ações de governo. Na minha opinião, esse é o foco da transformação digital no âmbito das instituições presentes. Nós podemos dar a nossa contribuição para esse importante trabalho em curso”, destacou o presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, na manhã desta quarta-feira (11). A explicação ocorreu durante a abertura da oficina de Estratégia Nacional de Governo Digital (ENGD) com as empresas de processamento de dados do país. A iniciativa foi promovida pela Dataprev e Serpro, com a coordenação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
“Há também uma oportunidade extraordinária em nossa cooperação e diálogo para discutir e equacionar o nosso custeio, além da sustentabilidade financeira dessas empresas”, complementou Rodrigo Assumpção durante abertura.
O secretário de Governo Digital do MGI, Rogério Mascarenhas, iniciou sua fala reforçando o papel fundamental das empresas de TI pública na transformação digital. “Muitas vezes, a gente recebe, inclusive, organizações ou países que questionam muito, como que o Brasil reage tão rápido em situações como foi a da pandemia. E eu indico sempre que o Gov.BR existe porque um Serpro existe. Pagamento de benefícios foi feito em uma semana, porque existe uma Dataprev”, exemplificou.
Rogério Mascarenhas detalhou ainda a posição de relevância do Brasil no cenário internacional na transformação digital. “Vários indicadores nos colocam entre os primeiros, seja na prestação de serviço e na questão de maturidade digital”, disse. Atualmente, o Brasil tem mais de 152 milhões de usuários de internet e é considerada a quinta maior população conectada, com acesso prioritário por dispositivo móvel.
“É através das Prodes [empresas de processamento de dados], das políticas públicas desenvolvidas no território, nos municípios com as secretarias de tecnologia, com os departamentos de tecnologia, com as empresas públicas de tecnologia municipais que se constrói e, também, se desenvolve a transformação digital”, lembrou o presidente do Serpro, Alexandre Amorim.
Oficina on-line
Com mais de 100 inscritos, o encontro virtual replicou a metodologia das oficinas regionais de construção da ENGD, liderada pelo MGI, para que as estatais e órgãos de TI possam contribuir com o instrumento de gestão.
Entre outras atividades, a oficina de hoje contou com uma apresentação técnica da SGD /MGI sobre a Estratégia Nacional, com explicações desde a elaboração da iniciativa, seus desafios, até a previsão de implantação da iniciativa entre 2024 e 2027.
Rogério Mascarenhas reforçou a importância de se ter uma agenda integradora como a da oficina, sobretudo, com as empresas de tecnologia do país. “Precisamos ter essa organização federativa funcionando com os estados e municípios. E esse papel passa por todos nós. Pela SGD já estamos escutando a sociedade civil, o mercado, estados, municípios e representantes. Esse é um espaço em que a gente precisa ouvir as necessidades e possibilidades para que possamos estabelecer parcerias e avançar”, concluiu.
ENGD
A Estratégia é um conjunto de recomendações que tem por objetivo articular e direcionar as iniciativas de governo digital entre todos os entes federados, de modo a ampliar e simplificar o acesso do cidadão aos serviços públicos.
A construção participativa da Estratégia Nacional de Governo Digital foi anunciada pelo MGI em agosto deste ano. Já ocorreram quatro das cinco oficinas regionais previstas: Sul, em Porto Alegre; Nordeste, em Fortaleza; Sudeste, no Rio de Janeiro; Norte, em Manaus. A última – a Centro-Oeste – será em Goiânia no próximo dia 18. Saiba mais.